Bloomberg — O JPMorgan Chase (JPM) elevou a remuneração do CEO Jamie Dimon para US$ 36 milhões em 2023, ano em que o banco registrou o maior lucro na história dos bancos americanos.
O conselho de administração concedeu a Dimon um salário de US$ 1,5 milhão e uma compensação por desempenho de US$ 34,5 milhões, de acordo com um registro regulatório nesta quinta-feira (18). Sua remuneração total aumentou 4,3% em relação a 2022, quando ele recebeu US$ 34,5 milhões.
“A empresa está em uma posição singularmente afortunada por ser liderada por um executivo tão talentoso e experiente, que continua a expandir a empresa, manter posições de liderança de mercado, fortalecer a reputação da empresa, investir em oportunidades para o futuro, promover a diversidade e as melhores práticas, gerenciar riscos e desenvolver grandes líderes, mantendo o foco nos clientes da empresa”, afirmou o conselho no documento.
O JPMorgan faturou US$ 49,6 bilhões no ano passado, impulsionado pelos ganhos a partir dos aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve e pela aquisição do First Republic Bank em um leilão liderado pelo governo. As ações subiram 27% durante o ano, superando os principais concorrentes.
Dimon, um bilionário, está há 18 anos em seu cargo — um mandato mais longo do que o de qualquer outro CEO de banco importante — e frequentemente é o mais bem pago entre seus pares.
Em outubro, o JPMorgan, sediado em Nova York, informou em um arquivamento que Dimon planeja vender 1 milhão de ações do banco, a primeira transação desse tipo desde que assumiu o comando do gigante de Wall Street, por motivos de diversificação financeira e fins de planejamento fiscal.
Ele há muito tempo brinca que planeja ficar em seu cargo por mais cinco anos, não importa quando seja questionado. Essa piada se tornou séria em 2021, quando o conselho lhe concedeu um pacote de incentivos especial no valor de mais de US$ 50 milhões para permanecer pelo menos até 2026. Ainda assim, Dimon não indicou que considera esse prêmio como um encerramento para a sua carreira.
“Eu não posso fazer isso para sempre, eu sei disso, mas minha intensidade é a mesma”, disse Dimon, 67 anos, no Investor Day da empresa no ano passado. “Acho que, quando eu não tiver mais essa intensidade, devo sair.”
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