Da Blackstone à Apollo: fundos aderem ao hype Taylor Swift em vídeos de fim de ano

Duas das maiores gestoras de investimentos alternativos do mercado adotam tom típico da Geração Z e fazem graça com seus próprios negócios em vídeos que viralizam

Vídeo de fim de ano da Blackstone
Por Amanda Gordon - Nishant Kumar - Allison McNeely
16 de Dezembro, 2023 | 11:17 AM

Bloomberg — Duas gigantes do mundo de investimentos roubaram a cena nesta semana de uma maneira não usual: a Blackstone e a Apollo fizeram graça com elas mesmas em vídeos de final de ano com suas lideranças.

A Blackstone, de Stephen Schwarzman, mergulhou na era “Swiftie” (como são chamados os fãs da cantora Taylor Swift) no seu vídeo anual de fim de ano, com uma produção interna que flerta entre a linha tênue entre a autopromoção corporativa e a autoparódia.

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O vídeo da Blackstone é uma tradição anual desde 2018 e oferece aos executivos a chance de terem seu momento “The Office” - a cultuada série estrelada por Steve Carell. Frequentemente, os investimentos da empresa são mencionados. Um ano contou com a participação especial de Reese Witherspoon.

Mas a Blackstone não possui uma parte do equity da maior estrela pop da atualidade - Taylor Swift - tampouco não está no vídeo. Nem suas músicas reais.

A homenagem às “Swifties” teve origem quando o presidente e COO da Blackstone, Jon Gray foi a um show da cantora com suas filhas. De volta ao escritório, ele propôs torná-la o tema do vídeo, que começa com Gray propondo que a empresa faça uma turnê mundial como a The Eras Tour de Swift para levantar seu próximo fundo.

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No vídeo, algumas pessoas expressam preocupação. Christine Anderson, chefe global de assuntos corporativos da empresa, pondera que apenas desta vez seria bom ser confundido com a BlackRock, a maior gestora do mundo e, portanto, outra titã do mercado de investimentos.

Mas a ideia (sempre no vídeo) recebe a aprovação do CEO da Blackstone, Steve Schwarzman, que veste uma jaqueta brilhante e colorida - como a que Swift usou para cantar “Karma” em sua turnê - para destacar que a Blackstone “não deve ser confundida com a BlackRock”.

Vídeo de fim de ano da Blackstone

A equipe sênior se diverte com uma confecção pop, dublando letras sobre a “The Alternative Era”, uma referência à força da empresa no segmento de ativos classificados dessa forma e ao momento do mercado.

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O vídeo com quase seis minutos de duração foi enviado na manhã de quinta-feira (14) para funcionários, investidores, consultores financeiros e líderes de empresas do portfólio. Contava com cerca de 250 mil visualizações no YouTube na manhã deste sábado (16).

Enquanto isso, o mantra favorito de outro megainvestidor, Marc Rowan, encontrou um papel de destaque no vídeo da holiday season da Apollo Global Management, da qual é co-fundador.

A frase “sem brinquedos novos” - “No new toys”- é repetida ao longo do vídeo de seis minutos. Para aqueles menos familiarizados com a Apollo, poderia ser um refrão enigmático, mas não para Wall Street.

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O tom é mais sóbrio do que o do vídeo da Blackstone, sem espaço para apresentações musicais, ainda que o mantra seja ecoado até em eletrônicos em Nova York, como se fosse uma celebridade artística como Taylor Swift.

Rowan frequentemente usou a frase ao ser questionado sobre seus objetivos para o ano. Em uma conferência em janeiro, ele detalhou o crescimento da Apollo desde 2008, dizendo que isso significava “que temos o suficiente internamente hoje e os ventos favoráveis do nosso negócio para cumprir nosso plano de cinco anos. A barreira para fazer algo novo, um novo brinquedo, é alta.”

O vídeo postado há uma semana teve cerca de 15.000 visualizações no YouTube.

- Com informações e edição da Bloomberg Línea.

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