Bloomberg — O Deutsche Bank (DB) iniciou outra rodada de cortes de empregos, à medida que o CEO Christian Sewing reforça seus esforços para reduzir despesas e aumentar a lucratividade.
As novas medidas devem superar uma rodada anterior de cortes anunciada seis meses atrás, quando 800 cargos de alto escalão seriam eliminados, segundo informou Sewing em uma teleconferência com analistas nesta quarta-feira (25).
O número de funcionários do banco alemão cresceu em mais de 4.000 posições este ano, apesar do anúncio feito em abril.
Sewing afirmou que espera que o número de funcionários diminua a partir de agora, à medida que busca cumprir a promessa de reduzir as despesas para menos de 62,5% da receita até 2025.
A alta inflação, incluindo ganhos salariais, juntamente com uma série de questões internas, desde os custos para corrigir problemas no atendimento ao cliente até gastos excessivos em um projeto de TI, tornaram mais difícil alcançar esse objetivo.
Os cortes anunciados em abril foram implementados desde então e resultarão em uma economia anual de mais de 100 milhões de euros, disse Sewing durante a teleconferência.
Ele indicou que o banco também busca reduzir os gastos com consultores e marketing como forma de economizar dinheiro.
As despesas do Deutsche Bank aumentaram 7% nos primeiros nove meses do ano, e o banco informou na quarta-feira que espera que os gastos para o ano completo fiquem “ligeiramente” acima dos 20,4 bilhões de euros vistos em 2022. A relação entre custos e receita ficou em 72,4% no terceiro trimestre.
Sewing afirmou que pode optar por cortar bônus, se isso for necessário para atingir suas metas de despesas.
A receita proveniente da negociação de títulos de renda fixa caiu 12% nos primeiros nove meses do ano. Essa unidade tende a representar a maior parte do montante total de bônus do banco.
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