Bloomberg — O bilionário investidor Dmitry Balyasny disse que empresas de hedge funds precisam adquirir e desenvolver talentos à medida que expandem, mesmo em meio aos custos crescentes.
Desenvolver talento interno é fundamental, mas não é suficiente para as empresas que desejam crescer de forma significativa, disse o co-fundador da Balyasny Asset Management na quinta-feira, durante a Capitalize for Kids Investors Conference em Toronto.
Sem trazer equipes externas, “você não pode obter pessoas experientes o suficiente e certamente não pode expandir para novas áreas onde antes não tinha experiência”, afirmou.
Ele ressaltou que não se trata apenas de contratar um gerente de portfólio. “Também é investir ao redor deles para construir uma equipe de primeira classe e fornecer a eles a infraestrutura e as ferramentas de que podem precisar.”
Investidores têm buscado empresas de hedge funds multi estratégicas como Balyasny, Millennium Management e Citadel nos últimos anos, na esperança de que suas equipes de traders possam produzir retornos consistentes em mercados cada vez mais voláteis. Munidas de bilhões de dólares em novos investimentos, essas empresas têm enfrentado uma competição acirrada por talentos para continuar gerando retornos.
Balyasny disse que, embora o custo de contratações tenha aumentado em termos de dólar, ele tem representado a mesma porcentagem dos ativos da empresa ao longo do tempo.
Ele alertou também as empresas contra levantar muito dinheiro antes de considerar se a quantia está alinhado com a capacidade do fundo de crescer.
A abordagem de levantar muito dinheiro e depois tentar descobrir como usá-lo é “muito, muito difícil”, disse ele, porque contratar talentos é uma tarefa árdua e leva tempo para construir equipes em torno dos gestores de portfólio.
“A título de exemplo, acabamos de assinar contratos com algumas equipes quantitativas que têm uma carência de dois anos, e leva mais de um ano para desenvolver suas estratégias”, disse Balyasny. “Portanto, você deve planejar isso em seu planejamento de capital.”
A cada três a seis meses, a Balyasny realiza uma revisão interna para garantir que a alocação de capital esteja “de mãos dadas” com o crescimento dos ativos da empresa, acrescentou.
Balyasny também afirmou que os mercados estão tendo dificuldade em precificar o eventual fim dos aumentos nas taxas de juros. As opiniões dos traders sobre quando isso pode acontecer têm mudado de mês a mês, criando um “ambiente desafiador para os selecionadores de ações”, disse ele.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também:
Apple ganha peso e simboliza mudança de perfil em mercado de câmbio global
Real está entre os maiores beneficiários da queda do dólar, dizem gestores
Dias contados para apostar contra uma ação? Para Dan Loeb, a resposta é sim
© 2023 Bloomberg L.P.
