Como as criptomoedas ampliam a inclusão financeira no mundo

O mundo financeiro está em constante evolução e as criptomoedas têm desempenhado um papel crucial na promoção da inclusão financeira global. Com o surgimento do Bitcoin em 2009, uma revolução silenciosa começou a moldar o cenário e, hoje, as criptomoedas emergem como uma ferramenta com características importantes na transformação de indústrias e na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo

A inclusão financeira é um elemento essencial no combate à pobreza e no crescimento econômico. De acordo com o relatório Global Fintex 2021, do Banco Mundial, 42% dos adultos na América Latina e no Caribe ainda não têm acesso a uma conta bancária. Globalmente, esse segmento representa 24% da população adulta total. As soluções envolvendo criptomoedas buscam sistematicamente preencher essa lacuna, permitindo que quem está excluído possa fazer transações financeiras que supram suas necessidades, e também reduzir o tempo e os custos das transações para as pessoas que já participam do sistema tradicional.

O conceito de inclusão financeira tem como objetivo trazer grupos marginalizados e financeiramente desassistidos da sociedade para a economia global. A Binance, maior provedora global de infraestrutura para ecossistema blockchain e de criptomoedas e maior exchange do mundo em volume e negócios, acredita que a criptomoeda e o blockchain são fundamentais para alcançar esse objetivo.

A exchange oferece, por exemplo, o Binance Pay, ferramenta de pagamentos que liquida operações em tempo real, reduzindo riscos e aumentando a segurança para os comerciantes, além de ter custo significativamente inferior aos de meios de pagamento tradicionais. Em alguns países, o Binance Pay se conecta a provedores licenciados, o que permite a transferência de criptomoedas para familiares e amigos, que recebem dinheiro diretamente em suas contas bancárias em tempo e custos reduzidos.

Além disso, a Binance é particularmente reconhecida pela implementação de sua plataforma de negociação peer-to-peer (P2P), que trouxe mudanças revolucionárias nos países em desenvolvimento. A plataforma P2P permite que os indivíduos comprem e vendam livremente criptomoedas diretamente com suas moedas fiduciárias locais, contornando os obstáculos e limites do sistema bancário tradicional.

“As criptomoedas e a blockchain têm a capacidade de solucionar entraves que atualmente impedem o avanço de comunidades ao redor do mundo, em especial as menos favorecidas. Na Binance, nosso objetivo é criar um futuro mais inclusivo para todos. Seja por meio de filantropia, educação ou desenvolvendo produtos e serviços para promover a inclusão financeira, nossa meta é ajudar as pessoas a melhorarem suas vidas em parceria com os governos e respeitando as regulações de cada jurisdição”, comenta Guilherme Nazar, diretor geral da Binance no Brasil.

A tecnologia cripto pode desempenhar um papel fundamental. Uma remessa de recursos para  um filho que esteja estudando no exterior pode consumir quase 10% do dinheiro e levar dias se enviado pelo sistema financeiro tradicional, mas acontece de forma imediata e com taxas mínimas no ecossistema blockchain.

O Índice Global de Adoção de Criptomoedas, publicado pela empresa referência em dados deste mercado Chainalysis, mostra que a adoção de criptomoedas vem ganhando força em todo o mundo, mas em especial nos países em desenvolvimento. Dentre os 20 países com as taxas mais rápidas de crescimento, 16 são países em desenvolvimento, sendo três da América Latina - Brasil na 9ª posição, seguido pela Argentina em 15º e México em 16º.

Filantropia

A tecnologia blockchain também facilita os mecanismos de filantropia e apoio a projetos de impacto social por meio de criptoativos, inclusive em situações de emergência. Logo após desastres naturais, as pessoas geralmente perdem o acesso aos bancos tradicionais no momento exato em que os recursos financeiros são mais necessários. As criptomoedas desempenharam papel crucial nos recentes terremotos na Turquia e Síria, por exemplo. Outro exemplo é o Binance Refugee Crypto Card, um cartão de criptomoedas para refugiados lançado para ajudar os ucranianos forçados a deixar seu país.

As criptomoedas têm sido cada vez mais utilizadas como veículo de apoio financeiro para vítimas de desastres, dada a velocidade das transações, os custos menores que no sistema tradicional e a transparência, uma vez que são totalmente rastreáveis – além do aspecto transfronteiriço, essencial em situações emergenciais.

Crédito

As criptomoedas ainda democratizaram o acesso a uma ampla gama de ativos digitais. Para muitas pessoas, investimentos em ações, títulos e commodities exigem a intermediação de corretoras tradicionais, muitas vezes inacessíveis para investidores com baixos valores para aplicar, e com taxas que reduzem boa parte dos  rendimentos. As criptomoedas eliminam a necessidade de intermediários financeiros, dando às pessoas controle mais direto sobre seus próprios fundos e transações.

Outra vantagem é o maior acesso a crédito e inserção no comércio global. Muitos empreendedores e pequenos empresários encontram dificuldades em fechar negócios em outros países. Além dos desafios burocráticos e aduaneiros de cada nação, há entraves para concretizar a parte financeira da operação. Os pagamento e recebimentos de recursos internacionais muitas vezes estão disponíveis apenas a médias e grandes empresas, mas as criptomoedas eliminam essas barreiras de forma simples, rápida e a custos baixos. Além disso, a transparência da blockchain incrementa a segurança das transações ao permitir o rastreio dos recursos.