Claudia Goldin, ganhadora do Nobel, vê empregos de alto nível com mais flexibilidade

Claudia Goldin, terceira mulher a ganhar o prêmio de economia, afirma que flexibilidade em posições de confiança garante produtividade

Claudia Goldin
Por Laura Curtis, Reade Pickert, Scarlet Fu e Katie Greifeld
13 de Outubro, 2023 | 02:12 PM

Bloomberg — A ganhadora do Prêmio Nobel, Claudia Goldin, tem algumas palavras de aconselhamento para as empresas americanas: permaneçam flexíveis. Ela afirmou que o retorno ao escritório não precisa desfazer os avanços conquistados por mulheres e cuidadores no mercado de trabalho. Muitas empresas ainda estão oferecendo horários híbridos, nos quais os funcionários podem trabalhar remotamente em alguns dias, e há menos demanda por viagens a negócios.

Goldin, que nesta semana se tornou apenas a terceira mulher a ganhar o principal prêmio em economia, explicou que, com a redução das viagens a negócios, os chamados “greedy jobs” (empregos exigentes, que requerem mais tempo) se tornarão mais flexíveis. Esses são empregos com salários mais altos e maior responsabilidade, mas que também demandam mais tempo. Ao mesmo tempo, esses empregos flexíveis estão se tornando mais produtivos.

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Ela ressaltou que tudo depende das decisões das empresas. Mesmo que estejam chamando os funcionários de volta ao escritório, não necessariamente estão retomando as viagens a negócios da mesma forma que antes.

Goldin ganhou o Prêmio Nobel de Economia por sua pesquisa sobre as mulheres no mercado de trabalho, incluindo os fatores por trás das disparidades salariais e de emprego entre homens e mulheres. Ela descobriu que, enquanto no passado a diferença podia ser explicada devido a diferenças na educação e ocupação, a disparidade atual ocorre entre homens e mulheres em funções semelhantes.

Na entrevista, ela instou a ampliação do apoio público tanto para o cuidado de idosos quanto para o cuidado infantil e sugeriu que programas de pré-escola e creche fossem incorporados ao sistema de educação pública.

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Ela aconselhou os pais a buscarem equidade em seu relacionamento. “Com mais equidade nos relacionamentos, haverá mais igualdade de gênero”, disse ela. “Isso é fácil de dizer, mas muito difícil de fazer.”

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