Bloomberg — O bilionário Marcelo Claure, ex-COO do SoftBank Group, comprou uma participação “significativa” na gestora EB Capital e será sócio e vice-presidente do conselho.
A EB Capital, com sede em São Paulo, tem R$ 5 bilhões sob gestão e um portfólio de empresas em setores que incluem saúde, educação, energia verde e telecomunicações. Claure e a EB Capital não quiseram revelar o tamanho da participação que ele está adquirindo ou quanto pagará.
O investimento foi feito por meio do family office Claure Group, que tem US$ 4 bilhões sob gestão, segundo comunicado.
“O Brasil está emergindo como a potência de energia verde em todo o mundo”, disse Claure, em entrevista à Bloomberg News de Nova York.
“Então estou incrivelmente otimista. Meu próximo passo foi encontrar os parceiros certos. E encontrei na EB Capital o que gosto de chamar de uma plataforma emergente, que está em rápido crescimento e, mais importante, que partilha da mesma visão que tenho para o país.”
Claure disse que tem viajado e conhecido muitos dos maiores investidores institucionais e fundos soberanos do mundo que podem ajudar a “turbinar” a EB Capital. A empresa abrirá um escritório em Nova York dentro do espaço comercial do Claure Group.
Claure, 52 anos, tem estado ocupado neste ano. Ele lançou uma nova empresa de capital de risco com o ex-colega Shu Nyatta, chamada Bicycle Capital, e acaba de ser nomeado vice-presidente executivo do grupo da empresa chinesa de fast fashion Shein.
No mês passado, seu family office fez parceria com Eldridge e Brightstar Capital Partners para adquirir uma participação majoritária na mineradora australiana Ausenco.
O ex-executivo da WeWork e da Sprint possui participações em times de futebol, incluindo o Bolívar, na Bolívia, sua terra natal, e o Girona, na Espanha.
Os cofundadores da EB Capital incluem Pedro Parente, que ocupou a presidência de empresas como Petrobras (PETR3, PETR4) e BRF (BRFS3). Eduardo Sirotsky Melzer é CEO da EB Capital, enquanto Luciana Antonini Ribeiro é sócia fundadora e diretora de investimentos.
A gestora busca encontrar soluções para as “lacunas estruturais” do Brasil e para questões globais como transição energética, escassez de alimentos e descarbonização, disse Ribeiro.
O investimento e a inclusão de Claure como sócio “acelerarão o processo de crescimento”, afirmou Parente na entrevista. “Isso abrirá muitas portas em todo o mundo.”
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