Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil acima das expectativas no segundo trimestre surpreendeu a maior parte dos analistas de mercado. Uma exceção foi David Beker, chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do Bank of America (BofA).
Beker revisou a estimativa para o PIB dias antes de os dados serem divulgados, no começo de setembro, e quase acertou o resultado. O crescimento no período foi de 0,9%, pouco acima do 0,8% projetado pelo BofA e distante do 0,3% do consenso do mercado.
A visão de Beker para o Brasil em 2024 também é mais positiva que a média. Ele espera uma expansão de +2,2%, quando o consenso aponta alta de +1,5%, e um déficit primário (0,4% do PIB) menor do que a maioria dos analistas (0,8%). “Se existe uma meta fácil de cumprir, ela está errada. Será desafiador, mas a dificuldade de cumprimento já era esperada”, disse à Bloomberg Línea.
⇒ Leia mais: Por que David Beker, do BofA, está mais otimista com o Brasil do que o mercado
No Radar
A luta do governo dos Estados Unidos no Congresso para evitar uma paralisação a partir de sábado avançou no Senado e os investidores mostram algum alívio, embora o cenário de política monetária restritiva por mais tempo ainda pese sobre os riscos do mercado.
📆 Batalha fiscal. Os líderes do Senado dos EUA apresentaram seu próprio projeto de lei para evitar que o governo fique sem dinheiro até meados de novembro e fornecer US$6 bilhões em assistência à Ucrânia. O plano para evitar uma paralisação a partir da madrugada de sábado (1) ainda precisa superar o impasse na Câmara. O presidente Joe Biden disse que era hora de os republicanos da Câmara aumentarem a pressão para evitar o bloqueio fiscal.
🏦 Depósitos em queda. Os depósitos totais dos bancos dos EUA terminaram o ano fiscal em torno de US$17,3 trilhões, baixa de -4,8% frente ao período anterior, encerrado em 30 de junho - a primeira queda nessa base comparativa desde 1994, segundo relatório da S&P Global Market Intelligence. As falências bancárias do começo do ano inibiram depósitos, e as altas taxas de juros levaram os clientes a buscar alternativas de maior rendimento.
🚘 Risco automotivo. O CEO da Tesla, Elon Musk, declarou em um post de sua rede social X que as demandas do sindicato United Auto Workers (UAW) “levariam a GM, a Ford e a Chrysler à falência”. A Tesla e outras empresas de veículos elétricos não são sindicalizadas. Assim como Musk, alguns analistas acreditam que as três grandes montadoras terão problemas de competitividade se o sindicato conseguir o objetivo de 40% de aumento com 32 horas semanais de trabalho. A posição de Musk contrasta com o apoio de Joe Biden às reivindicações durante visita a um piquete nesta terça-feira (26).
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🟢 As bolsas ontem (26/09): Dow Jones Industrials (-1,14%), S&P 500 (-1,47%), Nasdaq Composite (-1,57%), Stoxx 600 (-0,61%), Ibovespa (-1,49%)
O cenário de juros altos por mais tempo é o pano de fundo para a cautela no mercado acionário. O pessimismo aumentou após a queda da confiança do consumidor nos EUA para o menor nível em quatro meses.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Pedidos de Bens Duráveis/Ago, Pedidos de Hipotecas-MBA, Estoques de Petróleo Bruto
• Europa: Zona do Euro (Massa Monetária/Ago, Empréstimos ao Setor Privado); Alemanha (Clima do Consumidor-GfK/Out); França (Confiança do Consumidor/Set, Candidatos a Emprego)
• Ásia: Japão (Índice de Indicadores Antecedentes, Investimentos Estrangeiros em Ações Japonesas)
• América Latina: Brasil (Empréstimos Bancários, Fluxo Cambial Estrangeiro); México (Balança Comercial/Ago)
• Bancos centrais: Reunião de Política Não Monetária (BCE)
🗓️ Os eventos de destaque na semana →
Destaques da Bloomberg Línea:
• ‘OpenAI, do ChatGPT, busca avaliação de até US$ 90 bi em venda de ações, diz WSJ
• Deutsche Bank escolhe Luis Mendes para liderar Brasil de olho em expansão em LatAm
• Analistas e economistas esperam corte moderado da Selic após IPCA-15 de setembro
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