Por que esta petrolífera americana recorreu à América Latina para projetos ESG

Segundo Kevin Lucke, da Chevron Renewable Energy, crescimento de biocombustíveis tem impulsionado a nascente indústria de óleo de cozinha usado

A Chevron Corp. gas station displays a price for regular gas exceeding $3.50 a gallon in Atlanta, Georgia, U.S., on Thursday, May 13, 2021. Five days after a criminal hack shut down deliveries of almost half the gasoline and diesel burned in the eastern U.S., the Atlanta area's reserves of gas and diesel began to plummet. Photographer: Elijah Nouvelage/Bloomberg
Por Dayanne Sousa
06 de Setembro, 2023 | 08:06 AM

Bloomberg — A Chevron planeja comprar matéria-prima da América Latina para abastecer seus projetos de diesel renovável nos Estados Unidos, de acordo com o chefe de energia renovável da gigante petrolífera.

“A indústria na América Latina ainda não está realmente desenvolvida, mas posso ver isso acontecendo”, disse Kevin Lucke, presidente do Chevron Renewable Energy Group, nesta terça-feira (5) em entrevista à Bloomberg News durante uma conferência em São Paulo.

Ele citou as mudanças nos EUA – onde o crescimento dos biocombustíveis causou o desenvolvimento da nascente indústria de óleo de cozinha usado – como um exemplo do que ele espera na América Latina.

A Chevron já importa algumas matérias-primas para a produção de biocombustíveis da região, mas Lucke disse que vê a oportunidade de importar mais, como óleo de cozinha usado, gordura animal e óleo de milho de destilação, derivado da produção de etanol à base de milho.

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A companhia também estuda óleos obtidos a partir de outras culturas como canola e camelina. No entanto a Chevron teria menos probabilidade de adquirir soja do Brasil, acrescentou.

Lucke disse acreditar que os EUA “continuarão a recuar” da exportação de soja – outra matéria-prima importante – devido ao aumento da procura interna.

O crescimento dos biocombustíveis nos EUA ajudou a impulsionar o consumo americano, limitando as exportações e dando ao Brasil a posição de liderança como maior fornecedor mundial de soja.

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