Este país tem o passaporte mais poderoso do mundo; Brasil fica fora do top 10

Novo índice da consultoria Henley classifica 199 países do mundo de acordo com número de nacionalidades às quais eles permitem a entrada sem visto

Entre os países da América Latina, o Chile é o que tem o passaporte mais forte da região (Foto: Rawpixel)
23 de Julho, 2023 | 09:32 AM

Bloomberg Línea — Singapura desbancou o Japão como o país com o passaporte mais poderoso do mundo, permitindo a entrada sem visto em 192 destinos globais, de acordo com o mais recente Índice de Passaportes Henley divulgado na terça-feira (18).

Depois de cinco anos no topo, o Japão caiu para o terceiro lugar, já que o número de destinos que seu passaporte pode acessar sem visto diminuiu, diz a Henley & Partners, consultoria de imigração com sede em Londres.

Alemanha, Itália e Espanha subiram para o segundo lugar, com acesso sem visto a 190 destinos, e os portadores de passaportes japoneses se juntaram aos de outros seis países: Áustria, Finlândia, França, Luxemburgo, Coreia do Sul e Suécia, em terceiro lugar, com acesso sem visto a 189 destinos.

O novo Henley Openness Index classifica 199 países e territórios em todo o mundo de acordo com o número de nacionalidades que permitem a entrada sem visto.

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“Muito mais do que apenas um documento de viagem que define nossa liberdade de movimento, um passaporte forte também oferece importantes liberdades financeiras em termos de investimento internacional e oportunidades de negócios”, disse Christian H. Kaelin, presidente da Henley & Partners e inventor do conceito do índice de passaportes.

Os Estados Unidos, que já estiveram no topo da classificação há quase uma década, caíram duas posições, ficando em oitavo lugar, com 184 países. O Reino Unido, após uma queda induzida pelo Brexit, saltou duas posições e chegou ao o quarto lugar, posição que ocupou pela última vez em 2017.

Em Singapura, cidade-estado na Ásia, obter um passaporte não é tarefa fácil. A nação de 5,6 milhões de habitantes concedeu cidadania a cerca de 23.100 pessoas no ano passado e, no início deste ano, as autoridades descartaram a possibilidade de fazê-lo com base no patrimônio líquido das pessoas.

O Afeganistão continua na última posição do índice, com uma pontuação de acesso sem visto de apenas 27 países, seguido pelo Iraque (pontuação de 29) e pela Síria (pontuação de 30), sendo estes os três passaportes mais fracos do mundo.

A classificação da Henley acompanha os dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A metodologia difere de outros índices de passaportes, como o publicado pelo consultor financeiro Arton Capital, que colocou os Emirados Árabes Unidos no topo no ano passado.

Qual o melhor país da América Latina?

O Chile continua tendo o passaporte mais poderoso da América Latina, com entrada sem visto em 174 países e classificado em 15º lugar na lista; em 18º lugar está a Argentina, com entrada liberada em 169 países; depois o Brasil, em 19º lugar, com entrada em 168 países; o passaporte do México ficou em 22º lugar, com 158 países.

Em 26º e 27º lugar estão o Uruguai (153 países) e a Costa Rica (151 países), respectivamente. Mais abaixo, o Panamá ficou em 31º lugar (144 países); o Paraguai, em 145º (132 países); e o Peru, em 146º (138 países).

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Guatemala e Honduras empataram em 35º lugar com acesso a 135 países, seguidos por El Salvador em 36º lugar, com acesso a 134 países. A Colômbia ficou em 37º lugar, com um passaporte que permite a entrada em 133 países.

Em 41º lugar está a Nicarágua, com acesso a 128 países; e a Venezuela em 44º lugar, com 124 países. Mais abaixo na lista estão Belize (53º), com 102 países; Equador (56º), com entrada em 92 países, e Guiana (58º), com 88 países. Em seguida, vem a Bolívia (63º), com 80 países, e o Suriname, em 65º lugar, com entrada em 78 países.

No Caribe, o passaporte mais poderoso é o de Barbados (21), com acesso a 163 países, seguido pelas Bahamas (23), com acesso a 156 países. Em seguida, São Cristóvão e Névis (24), com acesso a 155 países; e, um passo abaixo, São Vicente e Granadinas (25), com 154 países. Trinidad e Tobago ficou em 28º lugar, com 150 países.

Santa Lúcia e Granada ficaram em 30º lugar, com passaportes que permitem a entrada em 146 países; Dominica ficou em 32º lugar, com 143 países. Mais abaixo estavam a Jamaica (59º), com 88 países; Cuba (76º), com 63 países; República Dominicana (71º), com 70 países; e, na lanterna, o Haiti (86º), com acesso a 56 países.

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Fátima Romero

Es periodista hondureña con experiencia en economía, negocios y finanzas