Sylvia Coutinho será CEO do UBS no Brasil e em LatAm após compra do Credit Suisse

Memorando obtido pela Bloomberg News informa que a executiva vai comandar a operação; Marcello Chilov ficará à frente da área de gestão de patrimônio do UBS em LatAm

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Bloomberg — O UBS (UBS) nomeou Sylvia Coutinho chefe do banco no Brasil e líder regional para todos os negócios da América Latina na integração das equipes após a aquisição do Credit Suisse.

Marcello Chilov, presidente do Credit Suisse no Brasil e chefe de gestão de patrimônio para a América Latina, comandará a gestão global de patrimônio do UBS na América Latina, de acordo com um memorando interno obtido pela Bloomberg News.

As mudanças entram em vigor no dia 17 de julho.

Formalmente, Chilov permanece como presidente do Credit Suisse e de seu banco de investimento no Brasil até a dissolução da entidade.

Sylvia Coutinho está no UBS há mais de 10 anos e era chefe do UBS no Brasil antes da fusão. Ela também era chefe de gestão de patrimônio para a América Latina.

Em sua nova função, ela se concentrará em liderar os esforços de integração, bem como supervisionar a regulamentação, governança e colaboração entre os negócios do banco na região. Ela se reportará a Naureen Hassan, presidente do UBS Americas.

Presença na América Latina

Com a aquisição do Credit Suisse, o UBS ultrapassará o JPMorgan Chase e se tornará o maior gestor de patrimônio da América Latina.

O Credit Suisse tem uma presença maior do que o UBS no mercado local de private banking do Brasil, incluindo empréstimos para brasileiros ricos, enquanto o UBS tem um modelo de multifamily office.

O UBS tem presença nos Estados Unidos, inclusive em cidades preferidas por clientes latino-americanos, como Miami, Nova York e Houston, algo que falta ao Credit Suisse.

“Ao olharmos para frente, temos uma oportunidade única de fortalecer ainda mais nossa posição como líder de mercado”, disse Jason Chandler, chefe de global wealth management das Américas, no comunicado, que foi confirmado por Erica Chase, chefe de relações com a mídia da Américas.

O UBS concordou com a aquisição do Credit Suisse em março, em um acordo mediado pelo governo suíço.

Desde setembro de 2020, quando iniciou uma parceria com o Banco do Brasil (BBAS3), o UBS cresce em banco de investimento na região. Espera-se que a colaboração continue, disseram pessoas familiarizadas com o assunto previamente.

A joint venture inclui banco de investimento na América do Sul e negócios de corretagem no Brasil, onde o UBS é o segundo colocado no mercado de ações até agora este ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Também inclui um acordo comercial entre o UBS BB Investment Bank e o Banco Patagonia na Argentina, que é controlado pelo BB.

O UBS BB Investment Bank é o terceiro no ranking de transações de títulos de dívida locais no Brasil, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

- Matéria atualizada às 19h45 com a informação de que Marcello Chilov segue como presidente do Credit Suisse no Brasil até que as mudanças citadas entrem em vigor.

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