Bloomberg — A Amazon (AMZN) levou sua luta contra a regra de cobrança de taxa mínima de entrega de € 3 (US$ 3,28) para livros da França ao mais alto tribunal administrativo do país, alegando que as restrições destinadas a controlar seu poder de mercado são uma violação das regras da União Europeia.
O recurso no Conseil d’État, anunciado nesta terça-feira (27), tem como alvo a legislação de dezembro de 2021 que obriga a Amazon a cobrar a taxa por cada novo livro que entrega como parte de um plano do governo para ajudar livrarias independentes com lojas físicas a competir com a varejista on-line.
A Amazon, que anteriormente cobrava uma taxa de um centavo de euro pela entrega de seus livros, afirma que o pedido representa um ataque direto à empresa, constituindo um “abuso de poder” que pode prejudicar os consumidores.
“Esta medida será um duro golpe para os orçamentos dos franceses e limitará seu acesso aos livros em um momento em que o poder de compra é uma de suas principais preocupações”, disse o diretor-geral da Amazon France, Frédéric Duval, em comunicado, com base nas preocupações anteriores levantadas pelo Comissão Europeia, no âmbito da sua revisão da legislação.
A comissão havia dito antes da contestação da Amazon que a lei poderia entrar em conflito com as regras da UE para plataformas de comércio eletrônico.
Durante os recentes bloqueios do Covid-19, a França cobriu os custos de remessa de livrarias independentes para ajudar em suas vendas online. Legisladores expressaram preocupação de que a concorrência desleal da Amazon faria com que os varejistas franceses perdessem um boom esperado no comércio eletrônico.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Amazon negocia oferecer telefonia móvel sem custo para assinantes Prime
Depois de livros e serviço em nuvem, Amazon quer liderar varejo de beleza