Bloomberg — Os dias de demanda forte sustentada pela China para metais como minério de ferro, cobre e alumínio chegaram ao fim, segundo o Jefferies.
Com a potência asiática enfrentando uma população em queda e desafios geopolíticos, a demanda de longo prazo agora será dominada por Estados Unidos e Europa, escreveram analistas do banco de investimentos liderados por Christopher LaFemina.
“É mais provável que a China seja um vento contrário do que um vento favorável para a demanda na próxima década”, disseram. O chamado superciclo chinês, impulsionado pela urbanização e industrialização, acabou, e o ciclo de transição energética e descarbonização apenas começou, disseram os analistas.
A maior economia da Ásia deu um suporte crucial para os mercados de metais nas últimas duas ou três décadas, com um boom de construção de moradias e grandes projetos de infraestrutura.
Mas a lenta recuperação pós-covid mostra que o país pode não ter a mesma força para impulsionar a demanda global em sua transição para uma economia mais voltada para serviços.
Essa dinâmica se refletiu nos mercados este ano, com a maioria dos metais caindo mesmo depois que Pequim abandonou sua política de covid zero no final do ano passado.
O minério de ferro caiu 3,6% esta semana, negociado abaixo de US$ 110 a tonelada nesta sexta-feira (23) em Singapura, e acumula queda de 17% desde meados de março.
O alumínio caiu cerca de 3% em Londres esta semana, e está em tendência de queda desde o final de janeiro. O cobre também chega ao final da semana no vermelho.
-- Com a colaboração de Annie Lee.
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