Bloomberg — O Citigroup (C) começou a pedir aos gestores das áreas do banco que informem os funcionários sobre as novas políticas de trabalho presencial no escritório, que poderão resultar em consequências caso não sejam seguidas.
Embora a grande maioria dos funcionários esteja seguindo as regras da empresa para trabalho híbrido, as mudanças se concentram naqueles com ausências persistentes e inexplicadas, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto.
Os gerentes considerarão o cumprimento das regras ao avaliar o desempenho e definir os pagamentos de bônus, disse a pessoa à Bloomberg News, pedindo para não ser identificada por discutir informações que não são públicas.
“Estamos comprometidos com nosso modelo de trabalho híbrido e orgulhosos da flexibilidade que ele oferece aos nossos colegas para trabalhar pelo menos três dias por semana no escritório e até dois dias remotamente”, afirmou o Citigroup em comunicado.
“Temos expectativas firmes quanto ao comparecimento ao escritório e sabemos que a maioria de nossos funcionários está em conformidade com seus requisitos. Se necessário, responsabilizamos os colegas pelo cumprimento de seus dias de trabalho.”
O Citigroup é amplamente visto como uma das empresas financeiras mais receptivas quando se trata de acordos de trabalho flexíveis após a pandemia de covid-19.
A grande maioria dos funcionários do Citigroup tem trabalho híbrido, o que significa pelo menos três dias por semana in loco. O banco usou a política para reter e atrair funcionários em todos os seus negócios durante o período da CEO Jane Fraser no comando da empresa.
O impulso recente de volta aos escritórios ocorre quando o Citigroup prepara os gestores para conversas sobre o desempenho do meio do ano.
A empresa, com sede em Nova York, pediu aos gerentes que discutam as políticas de retorno ao escritório com os funcionários que não vão ao prédio regularmente, de forma a garantir que eles entendam as consequências do descumprimento contínuo, de acordo com a pessoa com conhecimento do assunto.
Como parte de um esforço para entender melhor as tendências de comparecimento ao escritório, o Citigroup está considerando rastrear os dados de entrada em prédios dos funcionários no Reino Unido. A instituição financeira já vem fazendo isso nos principais escritórios dos Estados Unidos.
A empresa está discutindo uma proposta com seu grupo de engajamento de funcionários no Reino Unido que permitiria monitorar mensalmente a presença individual de funcionários no escritório, de acordo com um memorando aos funcionários visto pela Bloomberg News.
A proposta também permitiria ao Citigroup coletar dados corporativos agregados a cada duas semanas para os escritórios da empresa em Londres, Edimburgo e Belfast.
“Será coletado um dado por pessoa, por dia, por local”, de acordo com o memorando.
“O número de horas passadas no escritório não será capturado nesses relatórios. O foco do levantamento será nos funcionários com ausência consistente do escritório. Os relatórios podem então ser compartilhados com os gerentes, conforme apropriado, para iniciar uma discussão mais aprofundada.”
Por enquanto, os dados dos EUA foram compartilhados apenas com os executivos mais seniores do Citigroup, embora a empresa esteja avaliando a criação de um painel que permita aos gerentes diretos terem acesso mais fácil aos dados, segundo a pessoa com conhecimento do assunto.
-- Com a colaboração de Donal Griffin
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