Bloomberg — A Oaktree Capital Management, de Howard Marks, levantou mais de US$ 2,3 bilhões para seu primeiro fundo de crédito privado dedicado a empresas de life sciences (”ciências da vida”), como novas terapias médicas, de acordo com um comunicado visto pela Bloomberg News.
O Oaktree Life Sciences Lending Fund concederá empréstimos diretamente a empresas biofarmacêuticas e de dispositivos médicos em todo o mundo, concentrando-se naquelas com forte propriedade intelectual ou ativos em estágio avançado voltados para condições médicas difíceis de tratar.
A Oaktree procura fornecer financiamento não dilutivo para empresas do setor que normalmente levantam capital por meio dos mercados de ações para atender às suas necessidades de capital intensivo, disse Aman Kumar, co-gerente de portfólio de empréstimos para ciências da vida da Oaktree.
Esse modelo de financiamento, que assume a forma de dívida estruturada e outras estruturas como royalties, fornece dinheiro para um negócio em crescimento, ao mesmo tempo em que preserva a propriedade dos acionistas existentes.
“Há algumas mudanças importantes começando a mudar a demanda para esse financiamento que não dilui os acionistas”, disse Kumar. “Há uma década, 70% das inovações no espaço das ciências da vida eram feitas em empresas de grande capitalização. Agora, 70% são provenientes de empresas de pequeno a médio porte que não podem acessar o mercado amplamente sindicalizado e que antes dependiam principalmente do aumento de capital.”
O fundo da Oaktree já comprometeu cerca de 40% do capital em 16 negócios, 95% dos quais foram para negócios que ainda não eram apoiados por empresas de private equity. Um representante se recusou a comentar sobre quais empresas o fundo apoiou.
O valor máximo do empréstimo do fundo na origem não excederá 25% e os tamanhos médios de investimento são na faixa de US$ 75 milhões a US$ 200 milhões, de acordo com Kumar.
A equipe dedicada de ciências da vida da Oaktree, que tem 11 pessoas em Nova York, Los Angeles e Londres, comprometeu mais de US$ 4 bilhões na última década, incluindo US$ 250 milhões para a Seres Therapeutics e US$ 50 milhões para a Oxford Biomedica.
A empresa tem US$ 172 bilhões em ativos sob gestão, segundo dados de 31 de março, dos quais cerca de US$ 24 bilhões estão em sua plataforma de crédito privado, de acordo com o comunicado.
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