As 10 cidades mais caras do mundo; SP supera Paris e está na lista pela 1ª vez

Singapura se tornou a cidade mais cara do mundo para uma vida de luxo, ultrapassando Xangai e Hong Kong, segundo índice calculado pelo Julius Baer

Edifícios no distrito comercial de Singapura: destino mais caro do mundo para milionários
Por Denise Wee
20 de Junho, 2023 | 04:54 PM

Bloomberg — Singapura subiu para o topo do ranking como o destino mais caro do mundo para uma vida de luxo pela primeira vez, dado que pretende ser um dos principais centros globais para os ricos.

A cidade-estado, quinta classificada em 2022, ultrapassou Xangai e Hong Kong, que estão em segundo e terceiro lugares, respectivamente, de acordo com um relatório do grupo suíço de wealth management Julius Baer Group.

Um dos primeiros lugares na Ásia a reabrir suas fronteiras durante a pandemia, Singapura ganhou atratividade para indivíduos com alto patrimônio líquido e isso se reflete no aumento dos preços que os locais agora enfrentam. Até o final de 2022, Singapura contava com cerca de 1.500 family offices no território, o dobro do número do ano anterior, segundo o relatório.

“Os altos padrões de vida e as crescentes demandas de infraestrutura local significam que a vida aqui não sai barata”, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira (20). “Os imóveis residenciais têm uma demanda extremamente alta, e carros com impostos punitivos e seguros de saúde essenciais são 133% e 109% mais caros do que a média global, respectivamente.” É a cidade mais cara do mundo para os preços dos carros.

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O Índice de Estilo de Vida da Julius Baer classifica as 25 cidades mais caras do mundo, analisando propriedades residenciais, carros, voos de classe executiva, escola de negócios, jantares com menu degustação e outros luxos. A Ásia continuou sendo a região mais cara para uma vida de luxo pelo quarto ano consecutivo.

Nova York foi outra grande cidade que subiu no ranking. A capital financeira dos Estados Unidos subiu para o quinto lugar em relação ao 11º no ano passado, devido ao fortalecimento do dólar e à recuperação da economia pós-pandemia.

Ainda nas Américas, São Paulo se tornou a primeira cidade da América Latina a chegar ao top 10, com o preço de hotéis, por exemplo, subindo 37%, o que ajudou a impulsionar a cidade brasileira no ranking global. Segundo a análise do Julius Baer, São Paulo ainda é “significativamente mais barata do que a média global para propriedades nobres, restaurantes finos, hotéis e serviços jurídicos”.

As cidades mais caras do mundo para milionários, segundo índice do Julius Baer Group

Pela primeira vez desde o início do relatório, Europa, Oriente Médio e África são as regiões mais acessíveis para viver bem, com cidades europeias caindo no ranking.

Londres caiu do segundo para o quarto lugar. O Brexit e sua “turbulência subsequente” continuam a prejudicar a reputação do Reino Unido e a cidade agora enfrenta forte concorrência de centros financeiros em expansão, como Dubai e Singapura, de acordo com o Julius Baer.

Dubai saltou para o top 10 pela primeira vez, tornando-se a sétima cidade mais cara, enquanto Zurique caiu para o 14º lugar. O Emirado é uma “estrela” no índice deste ano, e a realocação de um grande número de indivíduos ricos afetou os preços dos imóveis e a demanda, disse o Julius Baer.

A pesquisa constatou uma demanda crescente por viagens e entretenimento à medida que as restrições à pandemia foram suspensas e a liberdade voltou. O custo de itens de luxo, como vinhos de qualidade, referenciado por uma garrafa da safra Château Lafite Rothschild 2018, e uísque globalmente aumentaram 17,2% e 16,2%, respectivamente.

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“Muitas pessoas ainda estão no modo de festa pós-pandemia”, disse Mark Matthews, chefe de pesquisa Ásia-Pacífico da Julius Baer, em uma entrevista na terça.

Outros “ganhadores” incluíram suítes de hotel e voos de classe executiva. Houve algumas exceções. Os preços das bicicletas, que ficaram “extremamente caras” durante a pandemia, caíram 1,8%.

O Julius Baer Group pesquisou indivíduos de alto patrimônio líquido com ativos bancários de US$ 1 milhão ou mais entre fevereiro e março de 2023.

- Com a colaboração de Cherian Thomas.

- Matéria corrigida às 18h51 com a informação de que São Paulo, na verdade, não passou Nova York no ranking.

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