Bloomberg — A Stellantis (STLA) iniciará as vendas de um carro elétrico acessível com preço inferior a € 25.000 (US$ 27.330) no início do próximo ano, com foco em clientes do mercado de massa que, de outra forma e sem essa oferta, poderiam recorrer a veículos mais baratos da China.
A Citröen, uma das 14 marcas da montadora ao lado da Jeep e da Fiat, fabricará o carro urbano ë-C3 na Eslováquia para competir com o Dacia Spring fabricado na China e o próximo Renault 5 EV. O e-C3 terá uma autonomia de mais de 300 quilômetros (186 milhas) com uma única carga.
“A Citröen tem um histórico de fabricar carros acessíveis e seu papel agora é tornar a mobilidade elétrica acessível a todos”, disse Thierry Koskas, chefe da marca. “Não há equivalente a este carro hoje.”
As montadoras europeias estão lutando para criar EVs (veículos elétricos) acessíveis que gerem um retorno suficiente devido aos altos custos da bateria. Os cortes de preços agressivos da Tesla (TSLA) estão aumentando a pressão, enquanto as marcas chinesas se preparam para entrar mais fundo no mercado europeu.
Na semana passada, a sueca Volvo anunciou a sua aposta de modelo elétrico de entrada, que, acredita, se tornará o seu best-seller: o EX30, com preço a partir de US$ 34.950 nos Estados Unidos.
O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, alertou para o fechamento de fábricas por causa do custo da eletrificação e do esforço para tornar os EVs acessíveis para a classe média.
A Volkswagen revelou em março um conceito de veículo elétrico projetado para custar menos de € 25.000, mas o veículo está a alguns anos de ser produzido. A Renault planeja lançar um Renault 5 totalmente elétrico made in France no próximo ano, embora a empresa ainda não tenha revelado seu preço.
O planejamento do novo ë-C3 começou com o CEO anterior da Citröen, Vincent Cobee, que deixou a Stellantis neste ano. A Citröen tem como meta vendas globais de 1 milhão de unidades, ante 685.732 no ano passado.
A meta é atingir 5% de participação de mercado na Europa, o que pode ser alcançado já no segundo semestre deste ano, ante 3,7% no ano passado, disse o novo CEO. A marca também continuará crescendo no Oriente Médio, na África, na Índia e na América Latina, disse.
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