Verde, de Stuhlberger, aponta que ganhos na bolsa brasileira devem continuar

Em maio, o multimercado Verde FIC FIM, o carro-chefe da casa, teve ganhos de 0,89%, abaixo da variação de 1,12% do CDI no período

Luis Stuhlberger, CEO e CIO da Verde Asset Management
12 de Junho, 2023 | 05:21 PM

Bloomberg Línea — Uma precificação mais construtiva dos mercados com o Brasil, marcada por uma evolução do arcabouço fiscal na Câmara, pelo crescimento do PIB acima do esperado no primeiro trimestre e por dados de inflação abaixo do previsto, tem contribuído para um melhor desempenho da bolsa brasileira. Na visão da Verde Asset, gestora do renomado gestor Luis Stuhlberger, esses ganhos devem continuar.

Em carta enviada aos cotistas referente à performance do multimercado Verde FIC FIM em maio, a gestora destacou que os “contornos estão bem estabelecidos” para o início do ciclo de corte de juros (provavelmente) em agosto, abrindo espaço para “as ações continuarem performando bem”.

Em maio, o Ibovespa (IBOV) avançou 3,74%; e, nos seis primeiros pregões de junho, a alta foi de 8,02%. No ano até sexta-feira (9), o principal índice de renda variável da bolsa brasileira sobe 6%.

É com essa avaliação que o fundo da Verde tem apostado na fatia de ações brasileiras na carteira, com alocação em torno de 20% na bolsa local. A posição, inclusive, foi a principal fonte de ganhos para o multimercado no último mês, trazendo retorno de 1,10%.

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O ganho no book de ações somado às operações de juros nos Estados Unidos – que também trouxeram bons resultados – não conseguiram, contudo, impedir o multimercado de perder para o CDI em maio.

O fundo carro-chefe da casa teve ganhos de 0,89% no último mês, ante variação de 1,12% do benchmark. Em 2023, o fundo sobe 3,23%, enquanto o CDI tem variação de 5,37%.

Segundo a carta, o desempenho modesto em maio ocorreu devido a perdas nas posições de hedge (proteção) em inflação implícita no Brasil, nas posições de commodities, juros na Europa e inflação americana.

Para junho, o fundo tem pequena exposição comprada (aposta na alta) em bolsa global, além da alocação no mercado brasileiro. A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida.

A gestora também está tomada (que ganha com a alta das taxas) em juros na parte curta da curva local, tomada no Japão e comprada em inflação nos EUA.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.