Bloomberg — Com lucro e rentabilidade crescentes, o Nubank (NU) tem adotado também iniciativas que miram a eficiência de sua operação. Nesse sentido, anunciou nesta quarta-feira (7) em comunicado o desligamento de 296 profissionais, o que equivale a 3,7% do quadro de 8.049 colaboradores ao fim de 2022.
“A área de Operações era dividida em unidades independentes focadas em cada produto, o que atendeu o período passado de expansão de um produto para uma plataforma multi-produtos”, apontou o Nubank no comunicado.
“Agora, com um portfólio robusto, e após uma profunda análise de modelos e processos, foi identificada a necessidade de consolidar as equipes de produto em uma organização centralizada. Isso permitirá um atendimento mais completo aos clientes e ganhos de escala, com uma gestão integrada de todos os produtos e serviços”, complementou o banco sobre as demissões.
É uma referência ao estágio alcançado de alavancagem operacional, que permite ao Nubank multiplicar as receitas sem ter que fazer investimento ou arcar com gastos de maneira proporcional. Como exemplo, no primeiro trimestre, a receita média por cliente ativo (ARPAC) subiu 30% na base anual.
As ações do Nubank acumulam valorização de mais de 80% no acumulado de 2023, como reflexo, segundo analistas, da melhora de diferentes indicadores financeiros e operacionais. A rentabilidade medida pelo ROE chegou a 43% no primeiro trimestre deste ano, versus 6% na base anual.
O lucro líquido da operação consolidada, que inclui Colômbia e México, chegou a US$ 182,4 milhões nos três primeiros meses do ano, versus US$ 10,1 milhões no mesmo período de 2022.
Segundo o banco, “algumas funções e posições se tornaram redundantes. Diversos grupos de funcionários já foram ou serão reposicionados internamente em outras funções e equipes”. Não há previsão de novas reestruturações, disse o Nubank no comunicado.
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