Morgan Stanley quer dobrar lucro com gestão de fortunas nos próximos anos

A previsão é menos otimista para a divisão de investimentos do banco, que vive um momento “muito desafiador”, na visão de Andy Saperstein

Meta de lucro de longo prazo foi ampliada pelo banco para mais de US$ 12 bilhões
Por Sridhar Natarajan
01 de Junho, 2023 | 10:16 AM

Bloomberg — O Morgan Stanley (MS) está apostando que o bom desempenho de seu braço de gestão de patrimônio está só no começo e planeja quase dobrar o lucro desse segmento nos próximos anos.

A meta de lucro de longo prazo foi ampliada pelo banco para mais de US$ 12 bilhões e será resultado de uma combinação de crescimento de ativos, aumento dos empréstimos e mercados em expansão, de acordo com o copresidente Andy Saperstein.

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“Na última década, transformamos completamente o negócio”, disse o executivo na quarta-feira (31), em uma conferência organizada pela AllianceBernstein. “Isso só nos levou ao ponto de partida. Estamos prontos para um período de crescimento acelerado.”

Saperstein, 56 anos, é um dos três homens que estão concorrendo para substituir o CEO James Gorman, que no início deste mês anunciou seu plano de deixar o cargo dentro de um ano. Gorman está em seu 14º ano à frente do banco, depois de ter chegado ao cargo de CEO em 2010.

Saperstein dirige o negócio de gestão de fortunas de US$ 4,6 trilhões da empresa, que teve um crescimento significativo nos últimos 10 anos e registrou US$ 6,6 bilhões de lucro antes dos impostos no ano passado. A empresa tem como meta a entrada de US$ 1 trilhão em novos ativos líquidos a cada três anos.

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Na última década, sob o comando de Gorman, a ação do Morgan Stanley teve o melhor desempenho entre seus pares. Os papéis caíram 3,6% este ano em meio a uma desaceleração dos negócios, e neste mês o banco deu início ao plano de corte de 3.000 postos de trabalho.

Os analistas estimam que o banco registrará um lucro de US$ 10,8 bilhões em 2023, abaixo dos US$ 11,4 bilhões do ano passado. A previsão para o banco de investimento é menor do que os US$ 5,24 bilhões do ano passado, que foi a metade do que o banco registrou em 2021 em meio a um frenesi de negociações.

A perspectiva otimista de Saperstein para a unidade de patrimônio contrastou com sua visão mais sombria sobre a situação do banco de investimentos.

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“As vendas e negociações estão mais brandas neste trimestre”, disse ele. “Os resultados serão notavelmente menores em relação ao ano anterior.”

O executivo também disse que o banco de investimento vive um momento “muito desafiador”. “Como setor, estamos em um período de baixa sustentada desde o ano passado”.

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