Bancos de Wall Street entram em corrida por talentos e serviços com IA

Nos bancos mais adeptos da tese, cerca de 40% das vagas abertas são para cargos relacionadas à IA, como engenheiros de dados e analistas quant

Fachada da Nasdaq e painéis de ações com investidores
Por William Shaw - Aisha S Gani
01 de Junho, 2023 | 03:06 PM

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Bloomberg — O Deutsche Bank (DB) usa inteligência artificial para analisar carteiras de clientes ricos. O ING emprega a tecnologia na triagem de títulos. O Morgan Stanley (MS) diz que realiza experimentos em um “ambiente seguro e restrito”. Enquanto isso, o JPMorgan (JPM) caça talentos e anuncia mais funções de IA do que qualquer um de seus rivais.

Nos bancos de Wall Street mais adeptos da tese, cerca de 40% de todos as vagas abertas são para cargos relacionadas à IA, como engenheiros de dados e analistas quantitativos, assim como funções ligadas a ética e governança, segundo dados da consultoria Evident.

O JPMorgan lidera a tendência. O maior banco dos EUA anunciou 3.651 vagas relacionados à IA em todo o mundo entre fevereiro e abril, quase o dobro dos rivais mais próximos Citigroup (C) e Deutsche Bank, segundo os dados da Evident.

A Eigen Technologies, que assessora bancos como Goldman Sachs (GS) e ING com IA, disse que as consultas do setor financeiro aumentaram em cinco vezes no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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Banco listou 3.651 vagas para a área de fevereiro a abril. (Fonte: Dados da Evident compilados pela Bloomberg)

O lançamento do ChatGPT, da Open AI, em novembro de 2022 “deixou todo mundo – conselho, CEO e executivos de todos os bancos – muito mais conscientes de que isso é um fator decisivo”, disse Alexandra Mousavizadeh, CEO e cofundadora da Evident.

“O preço do talento está subindo”, disse ela, descrevendo a situação como uma “corrida armamentista de IA”.

A recompensa é a perspectiva de que tarefas diárias serão realizadas de forma mais eficiente, enquanto análises complexas e modelagem de riscos ficarão mais fáceis e rápidas.

Isso é particularmente tentador para o setor financeiro, onde enormes quantidades de dados sustentam decisões de investimento cada vez mais complexas, apesar das incertezas sobre a capacidade da IA e das preocupações sobre como estabelecer sua regulamentação.

Os bancos já começaram a usar IA para criar estratégias mais personalizadas com instrumentos como swaps de juros e derivativos de ações, a preços mais competitivos para os clientes, disse Steven Burrows, diretor da Fieldfisher e ex-operador de derivativos.

O Deutsche Bank implantou o chamado aprendizado profundo para analisar se os clientes internacionais de private banking estão investindo muito em um determinado ativo, e escolher fundos, títulos ou ações adequados para clientes pessoas físicas. Especialistas humanos transmitem as recomendações geradas pela IA.

“Gosto de combinar inteligência artificial e humana”, disse Kirsten-Anne Bremke, líder global de soluções de dados da divisão de private banking do Deutsche.

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O JPMorgan tem planos semelhantes. Em maio, o banco entrou com um pedido de patente de um serviço semelhante ao ChatGPT para ajudar os investidores a selecionar ações, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto. O projeto está em seus estágios iniciais.

O Morgan Stanley diz que está permitindo que divisões executem testes. Em abril, o banco disse que patenteou um modelo usando IA e aprendizado profundo para interpretar se as comunicações do Federal Reserve são “hawkish” ou “dovish” . O objetivo é detectar o rumo da política monetária.

-- Com a colaboração de Ellie Harmsworth.

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