Bloomberg — O Novo Banco de Desenvolvimento - New Development Bank -, criado pelo grupo de nações conhecidas como BRICS, ampliará seu número de membros enquanto busca aumentar seu capital e combater a influência dos bancos multilaterais dominados pelos países desenvolvidos do Ocidente.
O banco - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - buscará aumentar a diversidade de seus membros em termos de geografia, estágios de desenvolvimento e tamanho dos países, disse Dilma Rousseff, presidente da instituição, em sua reunião anual em Xangai nesta terça-feira (30).
A Arábia Saudita é o mais recente país a discutir a adesão ao banco, informou o Financial Times, em uma medida que representaria o aumento da força financeira do banco multilateral, criado em 2014 para que funcionasse como contrapeso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial.
A associação do banco está aberta a qualquer país dentro das Nações Unidas, segundo divulgou. Bangladesh e Emirados Árabes Unidos se tornaram membros em 2021, enquanto o Egito se juntou em fevereiro. O Uruguai é um possível membro, segundo o site do NDB.
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil de 2011 a 2016, disse que os novos membros aportarão recursos ao banco para apoiar a diversificação de sua carteira e aumentar sua capacidade de mobilizar recursos.
“Como ex-presidente de um país em desenvolvimento, sei como os bancos multilaterais são importantes e como é desafiador obter financiamento ou levantar fundos na escala necessária para enfrentar os desafios sociais e econômicos em nossos países”, disse ela.
Dilma Rousseff disse que o banco financiaria mais projetos em moedas locais para fortalecer os mercados domésticos e proteger seus tomadores do risco de flutuações cambiais. Os membros têm moedas que não são totalmente conversíveis dentro da arquitetura atual, disse ela, e as economias do sul global sofrem o impacto de flutuações repentinas em suas taxas de câmbio.
O vice-primeiro-ministro da China, Ding Xuexiang, ao falar na reunião do NDB na terça, disse esperar que o banco continue a convidar mais parceiros para cooperação, usar mais recursos para apoiar o desenvolvimento de nações emergentes e se concentrar em gastos com infraestrutura.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Fortuna de US$ 4,5 trilhões: a unidade do JPMorgan que mira ultra-ricos globais
Febre do cobre: era do carro elétrico atrai US$ 95 bi em projetos na América Latina
Comcast é principal aposta para mover a próxima peça do mercado de mídia
© 2023 Bloomberg LP