Petrobras nega plano para comprar fatia na Vibra após ação disparar 40%

Nos últimos dias, circulam especulações de que o governo Lula poderia comprar ações para tentar retomar o controle da empresa antes conhecida como BR Distribuidora

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Bloomberg — A Petrobras (PETR3, PETR4) negou neste fim de tarde de sexta-feira (26) por meio de comunicado ao mercado que esteja participando de um plano para que o governo federal retome o controle acionário da Vibra Energia (VBBR3), conhecida anteriormente como BR Distribuidora.

As ações da Vibra saltaram perto de 40% desde o começo de maio, muito acima dos ganhos do Ibovespa (+8,8%), o que tem gerado especulações sobre as razões por trás da valorização. A empresa utiliza a marca BR, tem o licenciamento para a bandeira da Petrobras em cerca de 8.000 postos no país e é a líder no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes.

“A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia, informa que não está participando de qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa Vibra Energia e que são inverídicas as matérias acerca do assunto”, disse a companhia no comunicado.

“A Petrobras esclarece que eventuais ações em relação à aquisição de participação em qualquer empresa exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.”

Nas últimas semanas, especulações apontam que o governo Lula estaria estudando comprar ações da Vibra que estão em livre circulação no mercado - o chamado free float.

As especulações estão no contexto de críticas públicas do presidente Lula e de alguns ministros ao processo de privatização, com foco principalmente na Eletrobras (ELET3, ELET6).

O governo federal não tem mais participação na companhia desde meados de 2021, ou seja, há quase dois anos, desde que a Petrobras vendeu por meio de oferta a fatia remanescente na companhia.

O governo havia negociado o controle na empresa na bolsa dois anos antes, em junho de 2019, em operação que movimentou R$ 9,6 bilhões no governo de Jair Bolsonaro.

Segundo as especulações, a Petrobras poderia comprar uma fatia menor na Vibra em ação coordenada com a Previ, o fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil, de modo que, somados, ambos poderia assumir o controle da companhia sem acionar o gatilho da poison pill - cláusula que exige que uma oferta pelo controle seja estendido a todos os acionistas ao mesmo preço.

Atualmente, o fundo Samambaia, do investidor Ronaldo Cezar Coelho (com 8,58% do capital) e as gestoras Dynamo (6,54%) e BlackRock (5,01%) são os maiores acionistas da Vibra.

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