Quem é o bilionário da Nvidia cuja fortuna subiu 150% neste ano com a febre de IA

Jensen Huang, conhecido pelas jaquetas pretas, co-fundou a empresa de chips em 1993 e viu a fortuna saltar de US$ 13,8 bilhões para US$ 34,9 bilhões neste ano

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Bloomberg — A demanda insaciável por investimentos em inteligência artificial fez da fabricante de chips Nvidia (NVDA) a ação com melhor desempenho no S&P 500 neste ano, com um ganho de 166% até esta sexta-feira (26). Também deu um grande impulso à fortuna do co-fundador e CEO Jensen Huang.

A riqueza de Huang já havia crescido 153% neste ano até a sexta-feira (24), de US$ 13,8 bilhões para US$ 34,9 bilhões, tornando-o a pessoa com maior ganho percentual entre os bilionários americanos e globais da indústria de tecnologia, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.

Quase toda a fortuna de Huang está em ações e opções da Nvidia, que aumentaram com base nas expectativas - e nos resultados - de que a empresa será uma das principais beneficiárias do sucesso do ChatGPT da OpenAI e de outros avanços em inteligência artificial generativa.

Conhecido por suas jaquetas de couro pretas e uma tatuagem que lembra o logotipo da Nvidia, ele co-fundou a empresa em 1993 e introduziu a primeira unidade de processamento gráfico em 1999.

Os ganhos deste ano representam uma rápida reversão em relação ao ano passado, quando a riqueza de Huang caiu quase pela metade em meio a uma queda ampla e generalizada nas ações de tecnologia.

O aumento percentual no patrimônio líquido de Huang desde janeiro supera o de Mark Zuckerberg, cuja fortuna aumentou 94%, para US$ 88,7 bilhões, com a recuperação das vendas da Meta (META) no primeiro trimestre.

Os investidores são atraídos para ações da Nvidia porque ela é vista como um fornecedor importante que atenderá à necessidade de poder de computação da IA, com bilionários que vão de Stanley Druckenmiller a David Tepper carregando ações no primeiro trimestre.

A Nvidia se recusou a comentar esta história à Bloomberg News.

A exuberância da IA ofuscou desenvolvimentos menos positivos na China, onde as vendas caíram cerca de 20% no ano fiscal mais recente da Nvidia depois que o governo dos EUA impediu a empresa de vender seus produtos de alta tecnologia para Pequim.

O desafio da China coloca Huang em uma posição incomum. O magnata, que viveu em Taiwan até se mudar para a Tailândia aos 9 anos de idade antes de estudar nos EUA, enfrenta a possibilidade de que as crescentes tensões EUA-China possam prejudicar sua capacidade de se apoiar na segunda maior economia do mundo para o crescimento daqui para frente.

Os dois maiores mercados da Nvidia durante a pandemia foram China e Taiwan, que juntos representaram mais da metade da receita da empresa no ano fiscal de 2022. Então, em setembro, os EUA impediram a Nvidia de vender alguns de seus chips mais avançados para a China, o que pode ter custado à empresa US$ 400 milhões por trimestre, afirmou.

Desde então, introduziu versões simplificadas que limitam a velocidade de conexão com o apoio tácito do governo dos EUA, de acordo com Matthew Bryson, analista da Wedbush Securities.

Ela também planeja mudar suas operações de pesquisa e desenvolvimento e fornecimento e distribuição para fora da China, para que possa fornecer aos clientes produtos que não estejam sujeitos a restrições de exportação.

Huang, por sua vez, expressou esperança de que os EUA e a China possam um dia aliviar suas tensões, chamando o relacionamento entre os dois países de “benéfico para o mundo”.

Enquanto isso, a demanda é tão alta pelos chips da Nvidia que há uma “luta” entre as empresas de tecnologia pelo acesso, disse Chris Miller, autor de “Chip War: The Fight for the World’s Most Critical Technology.”

“As restrições da China serão um problema maior a longo prazo, mas neste ano o boom da IA é mais do que compensador”, disse Miller.

- Matéria atualizada às 23h de sexta-feira (26 de maio) com a cotação do fechamento da ação da Nvidia e com o novo tamanho do patrimônio do CEO da empresa.

- Com a colaboração de Jack Witzig.

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