Powell: taxas de juros podem subir menos do que o esperado após crise bancária

Presidente do Federal Reserve afirmou nesta sexta que as condições de crédito estão mais rígidas em razão das quebras e das dificuldades de bancos nos EUA

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Bloomberg — O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que condições de crédito mais rígidas decorrentes de tensões no sistema bancário podem significar que as taxas de juros não precisam subir tanto quanto seria o caso.

“Embora as ferramentas de estabilidade financeira tenham ajudado a acalmar as condições no setor bancário, os desenvolvimentos lá, por outro lado, estão contribuindo para condições de crédito mais rígidas e provavelmente pesarão no crescimento econômico, nas contratações e na inflação”, disse Powell em uma conferência do Fed na sexta-feira (19) em Washington.

“Como resultado, nossa taxa básica de juros pode não precisar subir tanto quanto precisaria para atingir nossos objetivos. Claro, a extensão disso é altamente incerta”, disse ele.

Apesar das falas mais favoráveis a uma pausa do Fed, as ações caíam em Nova York às 12h45 (horário de Brasília) com o temor de investidores sobre a falta de acordo em Washington sobre o limite do teto da dívida dos Estados Unidos.

Os papéis também reagem à fala da secretária do Tesouro, Janet Yellen de que mais fusões de bancos podem ser necessárias após uma crise que afetou as instituições financeiras regionais americanas.

Ciclo de aumento de juros

As autoridades elevaram as taxas em 0,25 ponto percentual no início deste mês, para uma meta de 5% a 5,25%, e sinalizaram que podem fazer uma pausa. Eles se encontrarão de 13 a 14 de junho.

O banco central dos EUA aumentou as taxas de juros em 5 pontos percentuais em pouco mais de um ano, empreendendo sua campanha de aperto mais agressiva em décadas para conter a alta inflação.

A conferência, realizada na sede do Fed em Washington, homenageia o ex-economista do Fed Thomas Laubach, falecido em 2020 aos 55 anos.

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