Minério de ferro recua pelo 2º dia com menos otimismo sobre a demanda na China

Apesar da retração nesta sexta-feira (19), a cotação do minério de ferro teve alta de 6% nesta semana, o melhor desempenho semanal desde março, favorecendo a Vale

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Bloomberg — O minério de ferro, principal produto da Vale (VALE3), recuou pelo segundo dia consecutivo, à medida que esfria o otimismo com a demanda chinesa por aço que impulsionou os preços no início da semana.

Mesmo assim, a matéria-prima usada na siderurgia teve um ganho de 6% na semana, com sinais de alguma melhora no mercado imobiliário chinês. É a primeira alta semanal acima de 1% desde março.

Mas as esperanças de recuperação diminuíram. A consultoria especializada Mysteel disse em nota nesta sexta-feira (19) que a produção semanal de aço do país continua se contraindo.

“A demanda permanece fraca, com construção de moradias estagnada”, disse Daniel Hynes, analista do Australia and New Zealand Banking Group, que reduziu o preço-alvo de três meses do minério de ferro para US$ 95 a tonelada.

Sem melhora na atividade de construção de novas residências, as usinas siderúrgicas podem começar a cortar produção nos próximos meses, segundo ele.

Preço do minério de ferro nesta sexta-feira (19)

O minério de ferro caiu 1,7% nesta sexta-feira em Singapura, para cerca de US$ 105 a tonelada, após declínio de 1,2% na quinta. Na bolsa chinesa de Dalian, a queda foi de 1,4%, e os contratos de aço em Xangai caíram mais de 1%.

Do lado da oferta, o mercado deve estar “confortavelmente abastecido” este ano, de acordo com Huo Yuchen, analista da BloombergNEF.

A produção de minério dos quatro principais produtores — Vale, Rio Tinto, BHP e Fortescue – aumentou 5% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.

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