O que a proibição do Ibama representa para os planos de exploração da Petrobras

Autoridade ambiental rejeitou o pedido da estatal de perfurar o primeiro poço na área conhecida como Margem Equatorial, no litoral de estados do Norte e do Nordeste

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Bloomberg — O Ibama rejeitou o pedido da Petrobras (PETR3; PETR4) para perfurar seu primeiro poço em uma nova área de exploração de petróleo offshore conhecida como Margem Equatorial, no litoral dos estados do norte do país, representando um grande revés para os planos de exploração da estatal.

A autoridade ambiental do Brasil destacou a extrema sensibilidade socioambiental da região biologicamente diversa que fica próximo à Amazônia e abriga terras indígenas, manguezais, recifes de corais e espécies ameaçadas de extinção. Tem sido um local controverso para perfuração e atraiu a preocupação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

“Não há dúvida de que todas as oportunidades foram oferecidas à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas ainda apresenta inconsistências preocupantes para operações seguras em uma nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, disse o presidente do órgão regulador, Rodrigo Agostinho, na decisão.

A Petrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Petrobras mantém uma plataforma de petróleo no local desde o início de dezembro, que estava aguardando aprovação para perfurar o bloco FZA-M-59, ao custo de cerca de US$ 1 milhão por dia, segundo revelou a Bloomberg News no início deste ano.

A Margem Equatorial tem geologia semelhante à vizinha Guiana, onde a Exxon Mobil encontrou bilhões de barris.

O ministro da Energia do Brasil, Alexandre Silveira, chamou a área de “passaporte para o futuro das regiões Norte e Nordeste do Brasil”.

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