Bloomberg — A confiança dos investidores globais piorou em maio e as preocupações com uma recessão e uma iminente crise de crédito levaram os investidores a ampliarem a alocação em ativos de alta liquidez, segundo o Bank of America (BAC).
O pessimismo dos gestores de recursos atingiu o pior nível este ano, com 65% dos investidores consultados pelo BofA esperando uma economia mais fraca. Ao mesmo tempo, quase dois terços deles preveem um pouso suave como o cenário mais provável para a economia global, e esperam apenas uma pequena contração nos lucros.
A alocação em ativos de alta liquidez, equivalente a caixa, subiu para 5,6% em maio. A exposição a ações também atingiu o maior nível do ano, e a alocação em títulos de renda fixa é a mais alta desde 2009, disse o banco.
Na renda variável, uma “fuga para a segurança” levou a exposição a ações de tecnologia nos últimos dois meses ao maior aumento desde a crise financeira global. Ficar comprado no setor se tornou a aposta preferida.
A recuperação da maioria das bolsas globais se estagnou em maio, com investidores preocupados com uma inflação persistente e o impacto de juros mais altos por mais tempo.
O impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos também limita o apetite por risco, embora a maioria dos gestores sondados pelo BofA espere uma solução antes de um default técnico. Mas essa parcela dos investidores caiu de 80%, em abril, para 71% em maio.
A pesquisa do BofA foi realizada de 5 a 11 de maio, com 251 gestoras que administram juntos mais de US$ 660 bilhões.
-- Com a colaboração de Michael Msika
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também:
Petrobras anuncia fim da paridade internacional nos preços dos combustíveis
Musk faz sua primeira aquisição pelo Twitter: uma ferramenta de recrutamento