Bloomberg — A gigante de serviços de Internet Rakuten Group sofreu sua maior queda em mais de três anos depois que a Reuters informou que a empresa estava nos estágios finais das negociações para levantar cerca de 300 bilhões de ienes (US$ 2,2 bilhões) por meio de uma oferta de novas ações.
As ações caíram 9,1% nesta segunda-feira (15), na maior queda para a Rakuten desde março de 2020. A empresa japonesa de comércio eletrônico tem procurado reforçar o capital que tem sido minado por sua unidade de comunicação móvel. Os detalhes do acordo podem mudar, dependendo dos movimentos do preço das ações, disse a agência de notícias, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
“Temos considerado várias medidas relativas à nossa estratégia financeira, incluindo o que foi relatado, mas não tomamos nenhuma decisão neste momento”, disse a Rakuten em um comunicado.
A incursão da Rakuten no concorrido mercado de telefonia móvel do Japão está gerando uma sangria de dinheiro, já que ela luta para conquistar clientes das rivais maiores NTT Docomo, KDDI e SoftBank. As três, juntas, controlam mais de 95% do mercado japonês e vêm reduzindo os preços, o que limita o apelo da Rakuten como operadora de baixo custo. A Rakuten tinha cerca de 2% dos contratos de telefonia móvel no Japão no final de dezembro, de acordo com o Ministério das Comunicações do país.
Na semana passada, a Rakuten anunciou a venda de sua participação remanescente na varejista Seiyu Holdings para a empresa de investimentos KKR & Co. por cerca de 22 bilhões de ienes. A empresa ainda não conseguiu garantir a alocação de espectro mais adequada para a conectividade interna e enfrenta o alto custo da construção de estações de base 4G para oferecer melhor conectividade.
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