Bloomberg — O presidente Joe Biden, o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, e outros líderes do Congresso devem se reunir na terça-feira para discutir as negociações orçamentárias com vistas a evitar a inadimplência dos Estados Unidos.
Biden disse a repórteres no domingo em Delaware que espera se reunir com McCarthy na terça-feira, apenas um dia antes de partir para uma cúpula do G-7 no Japão. Uma pessoa familiarizada com as discussões disse que a reunião é esperada para essa data, mas advertiu que os planos podem mudar.
O presidente e o presidente republicano estão em desacordo há meses sobre o aumento do limite de endividamento de US$ 31,4 trilhões do governo. Um calote dos EUA poderia desencadear um colapso do mercado, um aumento nos custos dos empréstimos e um golpe na economia global que poderia rivalizar com a crise de 2008.
Biden, que anunciou sua campanha de reeleição no final do mês passado, não comentou sobre os termos da negociação, mas disse acreditar que um acordo poderia ser alcançado. “Continuo otimista porque sou um otimista congênito. Mas eu realmente acredito que tanto eles quanto nós queremos chegar a um acordo e acho que podemos fazê-lo”, disse ele a repórteres em Rehoboth Beach, Delaware, no domingo.
Perguntado se apoiaria requisitos de trabalho mais rigorosos como parte de um acordo, ele disse que já respaldou alguns no passado. “Para o Medicaid, é uma história diferente, então estou esperando para ouvir qual é a proposta exata deles”, disse ele, recusando-se a entrar em detalhes.
Os líderes deveriam ter se reunido na sexta-feira, mas adiaram a reunião porque as conversas entre as equipes prosseguiram durante o fim de semana.
Biden deve partir na quarta-feira para uma viagem ao exterior que inclui as cúpulas do G7 e o fórum estratégico informal do Quad (Quadrilateral Security Dialogue). No domingo, ele disse que ir continuava nos seus planos.
A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que os EUA correm o risco de um calote catastrófico já em 1º de junho se o limite da dívida não for suspenso ou aumentado. Mas não explicou o que exatamente o Departamento do Tesouro faria se o Congresso não aumentar ou suspender o teto da dívida a tempo.
Para Biden, os riscos de um calote histórico se somam aos fatores que podem afetar suas esperanças de reeleição, pois ele já enfrenta uma inflação persistente, uma crise bancária regional e uma possível recessão.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também:
Biden aumenta a pressão: “O mundo estará em apuros” se os EUA não pagam sua dívida