Bloomberg — A Pernod Ricard (PRNDY) interrompeu todas as exportações de destilados para a Rússia novamente e indicou que encerrará as atividades no país nos próximos meses.
O grupo francês de destilados, fabricante da vodca Absolut, disse que levaria vários meses para parar de vender na Rússia, que representava menos de 3% de suas vendas antes do início da invasão da Ucrânia.
No mês passado, a Pernod Ricard disse que continuaria fazendo negócios na Rússia, já que as mudanças nas leis de importação permitiriam que terceiros trouxessem bebidas ao país sem o consentimento dos fabricantes, fazendo com que o estoque chegasse lá de qualquer maneira.
A empresa disse que as novas regras de “importações paralelas” também aumentaram o risco de falsificação.
Logo depois, no entanto, a fabricante foi forçada a reverter essa posição para a vodca Absolut, depois que um pedido de boicote no país natal da marca da vodca, a Suécia, ameaçou as vendas.
Produtos como o uísque Johnnie Walker, da Diageo (DEO), e o conhaque Remy Martin, da Remy Cointreau, estão amplamente disponíveis na Rússia, embora os destiladores tenham parado de exportar para o país no ano passado.
Empresas ocidentais de bens de consumo com negócios na Rússia têm tido dificuldades para encontrar o equilíbrio entre assumir uma posição moral sobre a guerra na Ucrânia e proteger o crescimento das vendas de longo prazo durante um aperto de gastos em seus principais mercados.
As importações paralelas de determinados produtos não são incomuns e são permitidas em muitos países, como a Austrália, o que permite que os produtos farmacêuticos garantam maior disponibilidade e preços competitivos.
Mas a Rússia tem expandido a lista de produtos para os quais permite a prática para suavizar a interrupção dos consumidores depois que dezenas de empresas ocidentais interromperam os embarques em resposta à agressão militar do presidente Vladimir Putin.
A Pernod emprega cerca de 300 funcionários na Rússia e já havia suspendido todos os investimentos em marketing.
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