Bloomberg — A América Latina pode perder um quinto de seu Produto Interno Bruto (PIB) até o final do século se não se preparar para o impacto das mudanças climáticas, com aumento de enchentes e furacões, de acordo com um relatório da Moody’s Analytics. O Brasil, maior economia da região, pode ser um dos mais afetados com perdas que superam 15% do PIB (veja gráfico abaixo).
Se os governos da América Latina “não agirem instituindo medidas e políticas para ajudar a aliviar a deterioração climática, a região sofrerá uma destruição crescente da capacidade de produção e um grave ônus financeiro”, disse Alfredo Coutinho, chefe para América Latina da Moody’s Analytics, no relatório.
Simulações econômicas realizadas pela empresa concluíram que ignorar as mudanças climáticas custaria à América Latina 6% de seu PIB até 2050, e quase 20% até 2100.
Quase completamente cercada por oceanos, a América Latina está particularmente exposta a eventos climáticos como tempestades e inundações severas.
Se as políticas para mitigar as mudanças climáticas não forem implementadas, o relatório constatou que Venezuela, Colômbia e Brasil serão os maiores perdedores.
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