LinkedIn cita aumento de concorrência e encerra operações na China

Empresa deverá dispensar 716 funcionários até agosto e manter apenas um escritório que ajudará empresas com contratações no exterior

A partir de agosto a empresa terá na China apenas um escritório de suporte a contratações e treinamento no exterior
Por Edwin Chan
09 de Maio, 2023 | 01:23 PM

Bloomberg — O LinkedIn planeja encerrar seu aplicativo na China e cortar cerca de 716 postos de trabalho. A companhia, controlada pela Microsoft (MSFT), menciona uma intensa concorrência na segunda maior economia do mundo e pretende retirar do mercado seu aplicativo de empregos locais, o InCareer, até agosto.

Segundo comunicado, a empresa planeja cortar equipes locais de engenharia e produtos, enquanto reduz funções nas áreas de vendas e marketing.

Será mantido um escritório no país para dar suporte a um negócio que ajuda empresas nacionais a recrutar e treinar talentos no exterior.

Em 2021, a empresa anunciou que estava fechando a versão local do LinkedIn, culpando um ambiente operacional desafiador – tornando-se o último grande serviço de mídia social dos EUA a encerrar as operações na potência asiática.

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Naquela ocasião, o LinkedIn passou a ser alvo de escrutínio regulatório na China e os rivais locais se expandiram.

“Concentraremos nossa estratégia na China em ajudar as empresas que operam por lá a contratar, comercializar e treinar no exterior”, disse a empresa em um memorando interno.

“Embora a InCareer tenha obtido algum sucesso no ano passado graças à nossa forte equipe baseada na China, ela também enfrentou uma concorrência feroz e um clima macroeconômico desafiador.”

Quando entrou no mercado chinês, em 2014, o LinkedIn começou a oferecer um modelo para as empresas americanas de Internet no país. Em troca da permissão para operar, a empresa concordou em restringir o conteúdo para aderir às regras de censura do Estado.

O serviço chegou a ter cerca de 52 milhões de usuários na China continental, enquanto outras plataformas americanas, como Twitter e Facebook, foram proibidas.

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