Júri considera Donald Trump responsável por abuso sexual em processo

A escritora E. Jean Carroll acusou Trump de estuprá-la no camarim de uma loja de departamentos da Quinta Avenida, em NY, na década de 1990

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Bloomberg — Um júri de Nova York considerou Donald Trump responsável por agredir sexualmente e difamar a escritora E. Jean Carroll, ordenando que o ex-presidente pagasse a ela US$ 5 milhões em danos.

O júri, formado por seis homens e três mulheres, decidiu o veredicto nesta terça-feira (9) no tribunal federal de Manhattan depois de se reunírem por cerca de três horas.

Carroll acusou Trump de estuprá-la no camarim de uma loja de departamentos da Quinta Avenida na década de 1990. Ele foi considerado responsável por abuso sexual em vez de estupro.

O julgamento renovou a atenção para a história conturbada de Trump com as mulheres enquanto ele embarca em outra corrida à Casa Branca. É também o primeiro veredicto contra ele em uma série de casos legais que ameaçam irromper durante a campanha de 2024.

Por ser um caso civil e não criminal, Trump nunca correu o risco de ser preso pelas alegações de Carroll. O júri precisou apenas eliminar as dúvidas sobre se Trump era mesmo responsável.

Carroll, uma ex-colunista da revista Elle que também apresentava um talk show diário, veio a público em 2019 com sua alegação de que Trump a estuprou mais de duas décadas antes em um camarim do sexto andar da loja de departamentos Bergdorf Goodman na Quinta Avenida.

Ela o processou no ano passado sob uma lei de Nova York que suspende temporariamente o estatuto de limitações de tais reivindicações.

O ex-presidente diz que nunca agrediu ninguém e afirma que Carroll inventou sua afirmação para miná-lo politicamente e ajudar a vender seu livro.

“Não aconteceu”, disse Trump em um depoimento em vídeo que foi exibido para o júri no julgamento. Ele se recusou a testemunhar pessoalmente e nunca apareceu no tribunal.

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