Goldman Sachs vê espaço para corte de juros no Brasil e no Chile ‘em breve’

Bancos centrais latino-americanos aumentaram agressivamente as taxas de juros nos últimos 2 anos para conter a disparada da inflação na região

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Bloomberg — O México e a Colômbia provavelmente encerraram o ciclo de aperto monetário, enquanto o Brasil e o Chile podem em breve procurar uma chance de cortar as taxas de juros, de acordo com o Goldman Sachs (GS).

“Os únicos dois bancos centrais ativos durante março a abril, Colômbia e México, provavelmente no final de maio também estarão no pico das taxas”, escreveu Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman para a América Latina, em nota na sexta-feira (5).

“Os bancos centrais que estão parados há mais tempo, caso de Brasil e Chile, podem em breve estar procurando uma janela de oportunidade para começar a reduzir de forma responsável e com credibilidade o nível de restrição da política monetária.”

A inflação desacelerou em toda a região, mas a queda “ainda é insuficiente para deixar as autoridades monetárias confortáveis”, particularmente considerando o cenário de expectativas de inflação e elevados prêmios de risco, disse Ramos.

Os BCs latino-americanos aumentaram agressivamente as taxas nos últimos dois anos, à medida que os preços disparavam quando a demanda se recuperava dos bloqueios da pandemia.

Isso ajudou a domar a inflação, mas a convergência para as metas provavelmente será lenta, então os bancos centrais serão cautelosos quanto ao corte das taxas, de acordo com Ramos.

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