Fim do DOC: Bancos deixarão de oferecer sistema de transferência ofuscado pelo Pix

Segundo a Febraban, o motivo da extinção é a diminuição no número de operações usando a modalidade, que perdeu espaço para outros tipos de transações, como o Pix

DOC deixará de ser oferecido pelos bancos a partir de 2024
04 de Maio, 2023 | 12:04 PM

Bloomberg Línea — As transferências bancárias via Documento de Ordem de Crédito (DOC) deixarão de ser uma opção para pessoas físicas e jurídicas até o dia 29 de fevereiro de 2024, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em nota, a entidade que afirmou que o motivo é a diminuição do número de operações usando a modalidade, que perdeu espaço para outros tipos de transações, como o Pix.

Outra motivação por trás da extinção do DOC é o valor para realizar a transação — em média de R$ 8 a R$ 22 — e com valor máximo transacionado de até R$ 4.999,99.

De acordo com a Febraban, as transações via DOC em 2022 somaram 59 milhões de operações, apenas 3,7% do total de 63,071 bilhões de operações feitas no ano.

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O Pix foi a opção mais usada pelos brasileiros, com 24 bilhões, seguida pelo cartão de crédito (18,2 bilhões), cartão de débito (15,6 bilhões), boleto (4 bilhões), TED (1,01 bilhão) e cheques (202,8 milhões).

Outra função que será descontinuada no ano que vem será a Transferência Especial de Crédito (TEC), feita exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.

“A Febraban e os bancos estão constantemente avaliando a modernização e atualização de todos os meios de pagamentos utilizados no país, a fim de melhorar a conveniência para os clientes”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban, em nota enviada à imprensa.

“Com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quanto o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito e instantâneo”, diz ele.

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Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.