Bloomberg — O cofundador do Twitter Jack Dorsey - que inicialmente apoiou a aquisição da plataforma por US$ 44 bilhões por Elon Musk - agora tem duras críticas ao novo proprietário e à maneira como lidou com o negócio.
Questionado sobre se Musk provou ser o melhor administrador possível para a plataforma, Dorsey disse: “Não. Também não acho que ele agiu direito logo depois de perceber que seu timing era ruim. Também não acho que o conselho deveria ter forçado a venda.”
Quando os mercados de ações globais e de tecnologia viraram para um bear market logo após sua oferta de comprar o Twitter há um ano, Musk tentou desistir do negócio. Isso gerou uma batalha legal entre a empresa e o bilionário, antes que a aquisição fosse concluída pelo preço de oferta original.
“Deu tudo errado”, escreveu Dorsey no Bluesky, a plataforma alternativa do Twitter apenas para convidados que ele está apoiando.
O Twitter não respondeu especificamente a um pedido de comentário.
Dorsey, que foi amigo de Musk durante anos e sugeriu que ele se envolvesse com o Twitter, anteriormente era publicamente a favor do acordo. No ano passado, ele chamou Musk de dono do Twitter de “a única solução em que confio”.
Na sexta-feira (28), um usuário do Bluesky disse que era muito triste como tudo aconteceu, ao que Dorsey respondeu “sim”. Mas o Twitter “nunca teria sobrevivido como uma empresa pública”, acrescentou em outro post. “Você preferiria tê-lo possuído por fundos hedge e ativistas de Wall Street? Essa era a única alternativa.”
Sob o comando de Musk, que assumiu no final de outubro passado, o Twitter cortou a maior parte de sua equipe, demitindo milhares de trabalhadores em todas as esferas, e passou por uma série de crises públicas, inclusive sobre seu plano de verificação de usuários.
Musk está lançando um serviço de assinatura para o Twitter no qual os usuários podem obter o selo de verificação pagando US$ 8 por mês.
“O pagamento como prova de ser humano é uma armadilha e não estou alinhado com isso”, disse Dorsey no Bluesky. “Os sistemas de pagamento usados para essa prova excluem milhões, senão bilhões de pessoas.”
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