Bloomberg — As injeções de liquidez oferecidas a instituições financeiras de menor porte nos Estados Unidos por um consórcio de bancos regionais saltou para um volume recorde de US$ 1 trilhão.
A turbulência no setor bancário do país levou a uma demanda crescente pelos chamados adiantamentos oferecidos pelos Federal Home Loan Banks, ou FHLBs — bancos que apoiam pequenas instituições, como cooperativas de crédito imobiliário ou rural, por meio de um sistema criado pelo governo americano.
As concessões subiram 28% no primeiro trimestre em relação ao final de 2022, informou o Escritório de Finanças dos FHLBs na sexta-feira (28). O aumento foi “impulsionado pela demanda contínua de membros depositários por liquidez”, segundo comunicado.
Os empréstimos do sistema já vinham aumentando ao longo de 2022. A alta da inflação e dos juros forçou bancos a buscarem fundos para honrar os saques de correntistas que foram a procura de rendimentos reais melhores fora do sistema financeiro tradicional.
Mas os empréstimos dos FHLBs dispararam em março, depois que o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank quebraram.
Os bancos deste sistema de apoio captam de forma coletiva no mercado de capitais para repassar os recursos aos pequenos credores em apuros. Eles emitiram um volume recorde de dívida na semana seguinte ao fechamento dos dois bancos pelos reguladores: US$ 304 bilhões.
Os FHLBs foram criados durante a Grande Depressão para aumentar o financiamento imobiliário. O sistema agora é conhecido como “financiador de penúltimo recurso” – uma brincadeira com o papel do Federal Reserve como último recurso para instituições que buscam liquidez de emergência no mercado interbancário.
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