Bloomberg — As ações asiáticas estão prestes a cair pelo quinto dia após as bolsas dos EUA caírem em um eco da sessão anterior, já que as preocupações com os bancos regionais americanos ofuscaram os lucros acima do esperado do setor de tecnologia.
Os índices futuros de ações no Japão, Austrália e Hong Kong estão todos em baixa, colocando um indicador das ações da região a caminho da sua mais longa série de perdas diárias este ano.
Os contratos do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram no início do pregão asiático, depois que os resultados da Meta (META) superaram as estimativas dos analistas, levando suas ações a uma alta de 11% nas negociações após o fim do pregão.
O avanço dos futuros dos EUA seguiu uma segunda queda diária do índice S&P 500, com recuo em todos os setores, exceto tecnologia. O Nasdaq 100 subiu, ajudado pelos ganhos otimistas da Alphabet (GOOGL) e da Microsoft (MSFT) na terça-feira.
O rendimento do título do Tesouro de 10 anos subiu cinco pontos-base, enquanto o rendimento de dois anos, sensível à política monetária, pouco mudou, após uma série de compras de títulos no início da semana, com os investidores buscando refúgios em meio a novas preocupações com os bancos dos EUA. Essas preocupações persistiram, já que as ações do First Republic Bank (FRC) caíram mais 30%, depois de cair 49% na terça-feira.
O banco regional dos EUA enfrenta possíveis restrições aos empréstimos do Federal Reserve. Um possível aperto nas condições de crédito vinculado à turbulência bancária pode levar o Fed a ajustar o ritmo de seus aumentos nas taxas de juros, escreveu Krishna Guha, chefe de estratégia do banco central da Evercore ISI, em nota.
“Não podemos descartar a possibilidade de que os desenvolvimentos em torno do First Republic possam se desenrolar de uma maneira que leve o Fomc [comitê equivalente ao Copom] a pular a reunião de maio, enquanto sinaliza uma alta em junho”, disse Guha.
Os pedidos de seguro-desemprego e os dados do PIB dos EUA, previstos para quinta-feira (27), ajudarão a identificar a saúde da economia americana antes da divulgação do indicador de inflação preferido do Fed, o deflator principal do PCE, previsto para sexta-feira.
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