CEO do UBS aponta impactos iniciais com integração do Credit Suisse

Em entrevista à Bloomberg News, Sergio Ermotti disse que programa de recompra de ações está suspenso, mas não cancelado; executivo assumiu às pressas em março

Por

Bloomberg — O CEO do UBS (UBS), Sergio Ermotti, disse que os planos de recompra de ações do banco estão temporariamente suspensos, mas não cancelados, uma vez que a instituição tem que lidar com a enorme integração com o Credit Suisse (CS).

Ermotti, que voltou a liderar o banco durante a aquisição emergencial em março, disse que ainda é cedo para dizer quando as recompras serão retomadas e que precisa de mais visibilidade sobre os números e planos relacionados ao negócio. Ele falou em uma entrevista à Bloomberg TV na terça-feira (25).

“Reiteramos nossa intenção de ter um aumento progressivo de dividendos em dinheiro todos os anos e definitivamente temos a intenção de retomar as recompras de ações quando for apropriado”, disse Ermotti.

O UBS congelou seu programa de recompra quando anunciou a aquisição de seu maior rival em operação arquitetada pelo governo suíço no mês passado. O acordo está transformando o UBS de um banco que faz a gestão de patrimônio de forma estável com lucros previsíveis e políticas de retorno de capital para um em modo de reestruturação que disse que pode levar até quatro anos para integrar o Credit Suisse.

A solidez do balanço e a liquidez são críticas em suas considerações para retomar as recompras, disse Ermotti.

O banco não descarta uma possível recessão da economia no final deste ano ou no início do ano que vem, disse Ermotti. Reiterando comentários feitos por outros executivos do UBS, ele disse que o banco levará tempo para considerar o futuro dos negócios suíços do Credit Suisse.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Como a venda para o UBS pode afetar os FIIs do Credit Suisse no Brasil

UBS supera JPMorgan na gestão de fortunas da América Latina após compra do CS

Credit Suisse perdeu US$ 69 bi em resgates de clientes no trimestre da venda