Belvo, startup investida do Founders Fund, faz nova aquisição no Brasil

Fintech provedora de uma plataforma de Open Finance comprou a startup baiana Skilopay para enviar e receber pagamentos por Pix

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Bloomberg Línea — A Belvo, provedora de uma plataforma de API para conectar instituições financeiras, com a integração de dados, comprou a instituição de pagamentos Skilopay, especializada em transações via Pix. O valor da transação e os detalhes do acordo não foram revelados.

É a primeira aquisição da Belvo, que se soma à licença que a empresa recebeu em 2022 para operar como iniciadora de transação de pagamentos. O plano da Belvo, que tem mais de 150 clientes no Brasil, no México e na Colômbia, entre eles nomes como Mercado Livre (MELI), Rappi e Neon, é oferecer soluções de pagamento às empresas.

A fintech prevê oferecer pagamentos instantâneos via Pix para receber e enviar dinheiro por meio de sua conta, além de novas possibilidades de pagamentos nos próximos meses.

Além da licença de iniciador de pagamentos no Brasil, a empresa também obteve a do IFPE no México, que permite processar pagamentos instantâneos. A Belvo também lançou recentemente sua solução de pagamentos PSE na Colômbia, em tempo real.

A Belvo tem um modelo de negócio semelhante ao da fintech americana Plaid, que passou por uma tentativa frustrada de aquisição da Visa por US$ 5,3 bilhões em 2020. Os reguladores antitruste dos EUA bloquearam a transação.

Investimentos

A Belvo é investida da Kaszek, do Founders Fund, de Peter Thiel, do Future Positive, e de incumbentes como a Visa, que entrou na Série A, o Citi Ventures, braço de investimento do Citi, que aportou um valor não divulgado na fintech no meio do ano passado.

A Belvo disse que recebeu um total de US$ 56 milhões em investimentos até o momento.

“Nós ajudamos as partes a se conectarem ao mundo do Open Finance no Brasil, na Colômbia e no México. Também é uma maneira para elas compartilharem seus dados para ter acesso a melhores serviços financeiros”, disse Pablo Viguera, fundador da Belvo, à Bloomberg Línea no ano passado.

Viguera fundou a Belvo em 2019 com Oriol Tintoré, que foi engenheiro aerospacial da NASA de 2011 até 2015. Mas antes eles trabalharam juntos na Verse, uma empresa de pagamentos que foi adquirida pela Square, de Jack Dorsey.

“Vimos uma oportunidade na América Latina devido à falta de infraestrutura técnica que conecta os usuários às instituições financeiras tradicionais e inovadores como as fintechs”, disse Viguera, que passou os últimos dez anos criando e crescendo empresas de tecnologia e serviços financeiros.

No México e na Colômbia, Viguera disse que a Belvo criou o padrão do Open Finance, já que a conectividade depende da empresa nesses países. Já no Brasil, a iniciativa é regulamentada por lei e faz parte de uma agenda do Banco Central. “Mas fornecemos a perspectiva de toda a jornada e tudo que vai além do acesso a dados, obtendo insights dos dados e movendo dinheiro”, disse Viguera.

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