Bloomberg — Alugar espaços mais novos em Miami, Dubai e Singapura ficou muito mais caro nos últimos três anos.
Em 2019, era possível alugar um apartamento nobre de mais de 400 metros quadrados em Miami por cerca de US$ 8.000 por mês (cerca de R$ 40.480 na cotação atual). No final de 2022, contudo, a mesma quantia passou a ser suficiente para apenas cerca de 200 metros quadrados.
Uma análise de 25 cidades globais pela empresa imobiliária Savills constatou uma tendência semelhante em Dubai, onde US$ 8.000 por mês agora permite alugar um apartamento de 270 metros quadrados, ante 470 em 2019.
Em Singapura, você consegue 190 metros quadrados com o mesmo valor, uma queda de 29% em relação a três anos atrás.
A pandemia mudou as prioridades das pessoas, destacando a qualidade de vida e o espaço sobre a conectividade e a densidade urbana. A oferta limitada de aluguel e o retorno às cidades também contribuíram para o aumento dos preços em lugares como Londres e Nova York, que registraram quedas de dois dígitos na acessibilidade.
“Os mercados residenciais de alto padrão de Dubai e Miami viram locatários migrando devido a tendências da época da pandemia que os tornam atrativos até hoje: climas mais quentes, alta qualidade de vida, impostos mais baixos e oportunidades de emprego crescentes”, disse Lucy Palk, analista da Savills. “Eles ainda são mais baratos que Nova York ou Tóquio.”
Miami está atraindo muitos investidores ricos, incluindo Ken Griffin, da Citadel. Dubai tem visto uma onda de trabalhadores internacionais atraídos pelos incentivos fiscais, altos salários e um sistema de vistos generoso. Singapura, por outro lado, se beneficia de expatriados e chineses ricos que deixam Hong Kong.
Nova York continua sendo a cidade mais cara para locatários privilegiados, com US$ 8.000 por mês dando acesso a pouco mais de 80 metros quadrados em imóveis de alto padrão.
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