Bloomberg Línea — Os jovens da geração Z não estão felizes com os seus trabalhos — pelo menos não tanto quanto seus colegas mais velhos das gerações millennial ou baby boomer. Segundo uma pesquisa da Cangrade, uma empresa de recrutamento com foco em inteligência artificial (IA), 26% dos nascidos entre 1997 e 2012 que já integram o mercado de trabalho estão infelizes e 17% afirmaram concordar com a afirmação “eu penso em pedir demissão” — mais do que qualquer outra geração pesquisada.
Um dos principais motivos para essa infelicidade, segundo a Cangrade, é que a maioria dos profissionais mais jovens ainda está em cargos juniores dentro das companhias.
A empresa afirma que a “característica de funções do nível de entrada pode criar insatisfação no trabalho”, especialmente quando se trata de funcionários jovens e que buscam desenvolvimento profissional.
Outro motivo para a insatisfação não está relacionado ao trabalho em si, mas, sim, em uma questão mais ampla. Jovens da geração Z podem estar se sentindo menos felizes, de acordo com pesquisas analisadas pelo The Mental Health Million Project, porque foram afetados pela disrupção causada pela covid-19, têm dívidas altas, fazem uso excessivo de redes sociais e viram um aumento dos custos de vida.
Ainda de acordo com a pesquisa, isso faz com que os integrantes da geração Z sejam mais propensos a mudar de emprego com frequência se estiverem infelizes.
“A razão mais prática é que os funcionários dessa geração são mais jovens, então eles têm menos a perder se fizerem mudanças laterais nas organizações. Os funcionários da geração Z também são muito autoconfiantes e buscam constantemente novas oportunidades de aprendizado”, explica a análise.
Para conseguir reter um funcionário da geração Z, a Cangrade afirma que o essencial é focar no equilíbrio entre vida profissional e pessoal e oferecer programas de mentoria e workshops focados no aprendizado. A pesquisa foi feita com 608 pessoas.
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