Disney cortará 15% de área de entretenimento na próxima semana, dizem fontes

Empresa disse em fevereiro que planejava eliminar 7.000 cargos de sua força de trabalho de mais de 220 mil, parte de ação para cortar US$ 5,5 bilhões em custos anuais

Cortes estão sendo realizados em toda a empresa, mas foco está na divisão de entretenimento
Por Thomas Buckley e Lucas Shaw
19 de Abril, 2023 | 12:12 PM

Bloomberg — A Walt Disney (DIS) planeja cortar milhares de empregos na próxima semana, incluindo cerca de 15% da equipe de sua divisão de entretenimento, de acordo com pessoas familiarizadas com os planos.

Os cortes abrangerão as áreas de TV, cinema, parques temáticos e equipes corporativas, afetando todas as regiões onde a Disney opera, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque os detalhes ainda não são públicos. Alguns trabalhadores afetados serão notificados já na segunda-feira (24).

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A empresa se recusou a comentar. As ações recuam perto de 2,5%, para US$ 98, nas negociações nesta quarta-feira (19) na NYSE, em um dia de queda leve no S&P 500.

A Disney disse em fevereiro que planejava eliminar 7.000 cargos de sua força de trabalho de mais de 220 mil colaboradores, como parte de uma estratégia geral para cortar US$ 5,5 bilhões em custos anuais.

Os cortes estão sendo realizados em toda a empresa, disseram as pessoas, inclusive na Disney Entertainment, uma unidade criada em uma reestruturação neste ano como sede dos negócios de produção e distribuição de filmes e TV da empresa, incluindo streaming.

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Como parte dessa reestruturação, o CEO Bob Iger tenta restaurar a autoridade dos executivos criativos. Ele promoveu profissionais-chave, incluindo Alan Bergman e Dana Walden, co-presidentes da Disney Entertainment.

Com a empresa focando mais em propriedades de franquias e marcas bem reconhecidas, a divisão de entretenimento emergiu como o foco dos cortes.

Todas as grandes empresas de mídia, incluindo a NBCUniversal, da Comcast, a Warner Bros Discovery e a Paramount Global, estão reduzindo seu número de funcionários à medida que a atenção de Wall Street muda do crescimento de assinantes em streaming para o alto custo de operação de plataformas de vídeo online.

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Em novembro, Iger voltou a liderar a Disney depois que uma perda trimestral de US$ 1,47 bilhão no negócio de streaming da empresa precipitou a saída de seu sucessor escolhido a dedo, Bob Chapek.

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