Credit Suisse deve perder US$ 120 bi em ativos após venda ao UBS, prevê Citi

Volume de recursos equivale a 20% de seu negócio de wealth management; no pior cenário, resgates de clientes para outros bancos chegariam a um terço do total

Credit Suisse teve seu destino selado em negócio orquestrado pelo governo da Suíça no mês passado
Por Myriam Balezou - Steven Arons
18 de Abril, 2023 | 03:21 PM
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Bloomberg — O Credit Suisse (CS) provavelmente perderá cerca de um quinto dos ativos em seu negócio de gestão de patrimônio - wealth management -, ou cerca de 110 bilhões de francos (US$ 123 bilhões), após sua aquisição pelo UBS (UBS), estimam analistas do Citigroup (C).

As saídas podem subir para cerca de um terço, ou 162 bilhões de francos, no pior cenário, em que as diferenças culturais entre os dois bancos levam a um maior desgaste ou rivais conseguem atrair banqueiros e seus clientes, escreveram os analistas liderados por Nicholas Herman em uma nota nesta terça-feira (18).

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A incerteza criada pela aquisição do UBS “criou uma oportunidade potencial para os rivais roubarem consultores e ativos”, disseram eles. Eles estimam que isso contribuirá para US$ 5,4 bilhões em receita anual perdida na entidade combinada como resultado da fusão.

A potencial perda de clientes e de seus recursos está emergindo como um desafio importante para o UBS depois que ele concordou no mês passado em adquirir seu rival local por US$ 3,25 bilhões em um resgate de emergência apoiado pelo governo da Suíça.

O presidente do conselho do UBS, Colm Kelleher, disse que provavelmente levará meses para fechar o negócio e até quatro anos para concluir a integração. O banco já está trabalhando em pacotes de retenção para manter os melhores talentos, informou a Bloomberg News.

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O concorrente Julius Baer deve se beneficiar ao máximo com o dinheiro do banco privado que deixará o novo banco combinado do UBS com o Credit Suisse, previram os analistas do Citi. O banco de gestão de patrimônio com sede em Zurique captará pelo menos 10 bilhões de francos, disseram eles.

A Baer agora está “de volta ao modo de contratação” e espera recrutar 200 novos funcionários neste ano, escreveu a equipe do Citi.

O Citi também disse que é improvável que o UBS retome as recompras de ações antes de 2026, depois de anunciar uma suspensão quando concordou em comprar o Credit Suisse.

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Na terça-feira, o UBS disse que obteve aprovação para usar algumas ações que havia recomprado no ano passado para financiar a aquisição do Credit Suisse.

O Credit Suisse tinha 541 bilhões de francos em ativos sob gestão no negócio de patrimônio no final do ano passado. A empresa deve divulgar os resultados do primeiro trimestre na segunda-feira (24).

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