Tensões na China devem dominar agenda de encontro de diplomatas do G-7 no Japão

Exercícios militares de Pequim em Taiwan e aproximação da França com Xi Jinping entram no foco da alta diplomacia no Japão a partir deste domingo

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Bloomberg — As tensões envolvendo a China estarão no topo da agenda quando os principais diplomatas dos países do Grupo dos Sete (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) começarem a se reunir neste domingo (16) no Japão, de acordo com um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado.

Os desafios geopolíticos na Ásia devem ter maior foco agora que o Japão ocupa a presidência rotativa do G-7, disse o funcionário a repórteres antes da reunião dos ministros das Relações Exteriores, que ocorre cerca de um mês antes do presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes irem para Hiroshima para a cúpula anual dos líderes.

As tensões sobre Taiwan, em particular, estão exigindo atenção depois que a China realizou novamente exercícios militares ao redor da ilha após a reunião do presidente Tsai Ing-wen com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy.

Na mesma época, o presidente francês Emmanuel Macron disse que a União Europeia deveria evitar ser arrastada para uma disputa com a China pelos EUA, destacando as divisões dentro do bloco.

A aproximação de Macron com o presidente Xi Jinping, que incluiu um jantar de estado e uma rara visita fora da capital à cidade de Guangzhou, no sul, contrastou com as relações tensas que marcaram a viagem da ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, a Pequim na semana passada.

Em um briefing conjunto com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, ela alertou que uma escalada militar no Estreito de Taiwan seria um “cenário de terror”.

Os ministros das Relações Exteriores do Japão compararão notas das recentes visitas a Pequim, enquanto procuram encontrar uma abordagem comum para a segunda maior economia do mundo em questões como Taiwan, direitos humanos, coerção econômica e movimentos dos EUA para restringir o acesso da China a tecnologia avançada, como chips de computador.

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