Brasília em Off: As ressalvas ao arcabouço dentro do governo

Embora a proposta tenha sido bem aceita pelo mercado financeiro, segundo a equipe econômica, no próprio governo a história é diferente

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Bloomberg — A proposta do arcabouço fiscal foi bem aceita pelo mercado financeiro, avalia a equipe econômica do governo. As críticas recebidas são essencialmente sobre a morosidade com que o novo mecanismo fará a dívida pública se estabilizar. O debate é considerado legítimo e não significa objeção ao que foi proposto, segundo os técnicos.

Dentro do próprio governo, no entanto, a história é diferente. As críticas vão justamente no sentido oposto, com alguns interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que a proposta faz uma convergência rápida demais para a estabilização da dívida.

Banco Central

Os rumores de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gostaria de indicar seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, para o comando do Banco Central teriam como objetivo, na verdade, impedir que isso acabe acontecendo de fato, segundo integrantes do governo.

O mandato do atual chefe da instituição, Roberto Campos Neto, só acaba no final de 2024. Ao antecipar o debate sobre a indicação com quase dois anos de antecedência, os responsáveis pelos rumores teriam a intenção de desgastar o nome de Galípolo.

A proximidade entre Haddad e Galípolo é notória e a ida do secretário para o BC seria uma forma de assegurar o que o ministro já defende: uma harmonização entre as políticas fiscal e monetária.

Michelle Bolsonaro

Há quem ache dentro do PL que é cedo demais para que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro dispute a presidência da República. Essa também é a avaliação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Um aliado de Bolsonaro fez coro às declarações do ex-ministro Ciro Nogueira de que Michelle ainda precisa de mais experiência em cargos públicos. Ela poderia ser uma boa vice ou uma potencial candidata ao Senado, ganhando assim musculatura nas próximas eleições.

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