Bloomberg — Os ativos da BlackRock (BLK) aumentaram para US$ 9,09 trilhões no primeiro trimestre deste ano, em um cenário de queda de depósitos em bancos e corrida por ativos mais seguros - e mais rentáveis - diante de juros elevados e da cautela após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.
“A crise de confiança atual no setor bancário regional acelerará ainda mais o crescimento dos mercados de capitais e a BlackRock será um player central”, disse o CEO Larry Fink em comunicado.
O grupo informou em comunicado que os fluxos líquidos para os fundos da empresa somaram US$ 110 bilhões no período. Produtos de investimento de longo prazo, que incluem fundos mútuos e fundos de índice (ETFs), adicionaram US$ 103 bilhões, bem acima da média das previsões de analistas consultados pela Bloomberg, de US$ 84,1 bilhões.
O lucro líquido ajustado da gestora caiu 18% em relação ao ano anterior para US$ 1,2 bilhão, ou US$ 7,93 por ação, superando a estimativa média de Wall Street de US$ 7,67 por ação. A receita caiu 10% para US$ 4,24 bilhões, em linha com a previsão dos analistas.
O aperto monetário vigente desde o início do ano passado para domar a inflação colocou à prova pequenos e médios credores, que sofreram queda de depósitos, sobretudo após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, em meados de março.
A BlackRock resistiu à turbulência, com os clientes aportando US$ 8 bilhões líquidos em seus produtos de alta liquidez no primeiro trimestre.
Os ativos sob gestão da BlackRock subiram 5,8% desde o final do ano passado, quando totalizaram US$ 8,6 trilhões, alimentados em parte pelos ganhos do mercado de ações e títulos. O S&P 500 subiu 7% no primeiro trimestre, enquanto o índice Bloomberg US Aggregate Bond Index subiu 3%.
As ações da BlackRock, que caíram 5,3% no acumulado do ano até quinta-feira (13), subiam 1,2% às 8h22 (horário de Brasília), antes da abertura dos mercados em Nova York.
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