Novos dados de emprego nos EUA reforçam aposta em alívio monetário do Fed

Houve 239 mil pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, acima da projeção média de 235 mil em pesquisa da Bloomberg com economistas

Pedidos iniciais de desemprego aumentaram em 11.000, para 239.000 na semana encerrada em 8 de abril
Por Augusta Saraiva
13 de Abril, 2023 | 12:08 PM

Bloomberg — Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram pela primeira vez em três semanas, em grande parte devido a um salto na Califórnia, sugerindo um pouco mais de abrandamento no mercado de trabalho. E isso pode aliviar as pressões sobre o aperto monetário do Fed.

Os pedidos iniciais de desemprego aumentaram em 11.000, para 239 mil na semana encerrada em 8 de abril, mostraram dados do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (13). A previsão média em uma pesquisa da Bloomberg com economistas era de 235 mil pedidos.

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Os pedidos contínuos, que incluem pessoas que receberam seguro-desemprego por uma semana ou mais e são um bom indicador de como é difícil para as pessoas encontrarem trabalho após perder o emprego, caíram para 1,81 milhão na semana encerrada em 1º de abril.

Em uma base não ajustada, os pedidos aumentaram em mais de 27.000, para 234.577. A Califórnia — epicentro de muitas demissões em tecnologia nos últimos meses — foi responsável por mais de um terço do aumento.

“A tendência de alta reflete os cortes de empregos de empresas de tecnologia e financeiras anunciados no início do ano que estão entrando em vigor com um atraso, principalmente na Califórnia”, avalia Eliza Winger, economista da Bloomberg Economics.

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Os dados podem ser instáveis de semana para semana, principalmente em feriados como a Sexta-feira Santa. A média móvel de quatro semanas nos pedidos iniciais, que suaviza parte da volatilidade, subiu para 240.000.

Os dados aumentam a evidência de que o mercado de trabalho está começando a enfraquecer depois de um ano de altas nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). O Departamento do Trabalho atualizou na semana passada seus fatores sazonais para pedidos de auxílio-desemprego desde 2018, o que elevou os pedidos a um nível mais alinhado com as demissões recentes.

Outros dados divulgados na semana passada mostraram que há mais pessoas trabalhando ou procurando emprego, e as vagas estão diminuindo.

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A oferta de empregos caiu em fevereiro para o nível mais baixo desde 2021, enquanto a participação na força de trabalho aumentou em março para a maior em três anos. Um melhor equilíbrio entre oferta e demanda de trabalho pode ajudar a aliviar algumas pressões salariais e, portanto, a inflação daqui para frente.

Outro relatório publicado nesta quinta-feira (13) mostrou que os preços ao produtor dos EUA caíram em março para a maior queda desde o início da pandemia, após dados na quarta-feira (12) que indicaram uma moderação nas pressões sobre os preços ao consumidor.

-- Com a colaboração de Jordan Yadoo

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