Bloomberg — O minério de ferro ampliou sua queda em meio a expectativas de que o governo chinês deve anunciar em breve um teto para a produção de aço em 2023, enquanto o país enfrenta uma lenta recuperação pós-pandemia.
A matéria-prima siderúrgica caiu até 3,1% em Singapura nesta quinta-feira (13), para US$ 114,60 a tonelada, após notícias de que autoridades estariam preparando o anúncio das restrições até o final deste mês para garantir que os volumes de aço não excedam os níveis de 2022.
A China produziu 1,01 bilhão de toneladas de aço no ano passado, menos do que em 2020, quando a covid-19 abalou a economia mundial.
O plano ameaça as esperanças de que o retorno da demanda chinesa sustentaria uma forte recuperação dos preços do minério. A demanda não aumentou, apesar do início da alta temporada de construção do país.
O preço do minério de ferro já foi contido pela atuação do governo chinês, incluindo conversas das autoridades com operadores de mercado sobre acumulação de estoques no mês passado e alertas a corretoras de que não exagerassem deliberadamente as condições de mercado.
Algumas usinas cortaram preços de produtos de aço usados na construção e, em seguida, reduziram cotações para exportação de produtos acabados de aço, informou a Mysteel esta semana.
“A demanda está boa neste momento, mas esses cortes de preços decorrem de preocupações de que a demanda possa se enfraquecer mais tarde”, disse Liu Jialiang, vice-presidente de pesquisa da Cofco Futures.
As expectativas ruins para a demanda ofuscaram as preocupações com um possível aperto na oferta por conta de um ciclone que deve atingir o maior porto de minério de ferro da Austrália, utilizado por grandes mineradoras como BHP e Fortescue Metals.
Na bolsa chinesa de Dalian, o minério caiu 2,4% para o menor nível desde dezembro. Os futuros de aço em Xangai também foram negociados em torno de mínimas de cinco meses.
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